Dia Nacional de Lutas contra as reformas mobiliza o Brasil

Coluna do Comitê da Educação teve forte presença dos secundaristas. Foto: UJC Litoral Sul
Coluna do Comitê da Educação teve forte presença dos secundaristas. Foto: UJC Litoral Sul

O Brasil viveu, na sexta-feira (31), mais um dia de grandes mobilizações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, da contrarreforma da Previdência, o Projeto de Lei (PL) 6787/16, da contrarreforma Trabalhista, e as terceirizações. O Dia Nacional de Lutas, convocado por movimentos sociais e sindicais, serviu como preparação para a Greve Geral de 28 de abril. Em Itabuna, a ADUSC esteve presente no ato convocado Pela Frente Brasil Popular, fortalecendo a coluna do Comitê Local em Defesa da Educação Pública.

Em Brasília (DF), a manifestação foi realizada na Rodoviária do Plano Piloto, local de maior concentração popular da capital federal. Cerca de mil pessoas gritaram palavras de ordem e conversaram com a população sobre os ataques aos direitos que estão em curso, explicando quais os problemas das contrarreformas para os trabalhadores. Um grupo de manifestantes também caminhou pela Esplanada dos Ministérios, até o Congresso Nacional. A diretoria do ANDES-SN, reunida em Brasília, se somou à mobilização e entregou panfletos mobilizando para a Greve Geral do dia 28 de abril.

Em São Paulo (SP), o ato começou no Museu de Artes de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista. Milhares de manifestantes caminharam até a Praça da República, onde fica a sede da Secretária Estadual de Educação, para protestar em defesa da greve dos professores de rede básica de ensino. De manhã, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) fechou a Estrada do Mboi Mirim. A rodovia Régis Bittencourt, que liga a capital paulista ao Paraná, também foi fechada por manifestantes.

No Rio de Janeiro (RJ), a manifestação teve concentração na Candelária, centro da cidade. Milhares de trabalhadores e estudantes marcham contra os ataques à Previdência, às leis trabalhistas e os demais direitos sociais que o governo Temer tenta retirar.

Em Recife (PE), a BR 101 foi travada nos dois sentidos, de manhã, pelo MTST. Às 16h, a manifestação ocorreu na Praça do Diário. Em Salvador (BA), a mobilização foi de manhã, no Campo da Pólvora. Em Fortaleza (CE), o ato ocorreu de tarde, na Praça da Bandeira. Em Florianópolis (SC), a concentração se deu no Largo da Alfândega, em Curitiba (PR), na Praça Carlos Gomes, e em Porto Alegre (RS), na Esquina Democrática. Já em Belo Horizonte (MG), a manifestação foi realizada em frente à Assembleia Legislativa mineira.

Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, ressalta que as mobilizações desta sexta-feira servem como um passo de preparação da Greve Geral do dia 28 de abril. “É mais um passo de mobilização, no esforço da unidade de diferentes categorias e movimentos sociais, para que a gente possa, durante o mês de abril, através da constituição de comitês locais pela Greve Geral e contra as reformas, preparar a Greve Geral do dia 28 de abril”, avaliou a docente.

Repressão em Uberlândia

Em Uberlândia (MG), pela manhã, na BR 050 e no bairro Elisson Prieto houve grande repressão policial à manifestação. Mostrando total desrespeito aos direitos humanos, a Tropa de Choque da PM atirou usando balas de borracha e bombas. Também deslocaram inúmeras viaturas e um helicóptero para o local, ferindo 15 trabalhadores e trabalhadoras, numa demonstração de enorme brutalidade. Além disso, dois trabalhadores foram levados pela polícia para algum local ainda não informado.

A Associação de Docentes da Universidade Federal de Uberlândia (Adufu – Seção Sindical do ANDES-SN) repudiou veementemente o ocorrido em nota pública. “Lamentamos a ação descabida, desproporcional e violenta do comando da Polícia Militar de Uberlândia. Manifestamos também todo nosso apoio ao MTST e sua luta contra a reforma da previdência e contra a retirada de direitos”, afirma a nota.

Confira aqui a nota diretoria da Adufu-SSind

Com informações e imagens de MTST, Mídia Ninja e UJC Litoral Sul

 

Fonte: ANDES-SN, Com edição.

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