A assembleia da ADUSC, de sete de maio, deliberou pela DEFLAGRAÇÃO DA GREVE por tempo indeterminado, com inicio em 13.05. Os docentes da UESC unem-se aos colegas da UEFS, UESB e UNEB, que também votaram pela paralisação. Trata-se de uma decisão, realizada após amplo debate com o conjunto da categoria, que deve ser respeitada.
Estamos em greve em defesa da universidade pública e gratuita, autônoma, democrática, de qualidade e socialmente referenciada. Essa concepção de universidade encontra-se ameaçada em todo o País, pelo avanço da precarização, perda de autonomia, terceirização, redução de quadros e perdas salariais.
O governo do estado mantém o descaso com as Universidades Estaduais: processos de promoção e progressão parados, não ampliação do quadro de vagas, depreciação salarial, ausência de suporte efetivo de permanência estudantil. Além disso, o governo diz que não aumentará o orçamento para 7% da Receita Líquida de Impostos. O estado da Bahia, no entanto, teve um superávit de 1,6 bilhões em 2014, e não atingiu os gastos previstos com pessoal nos últimos três anos.
Diante da deflagração da greve das UEBAS o governo chamou o Fórum das ADs para uma reunião na segunda-feira, 11.05. Desde dezembro de 2014 ele negava-se a dialogar com o movimento docente e mudou quando as ADs definiram o Estado de Greve e realizaram um Ato Público em frente à SEC, em oito de abril. Após a deflagração da greve nas quatro universidades, o governo convidou o Fórum das ADs para uma reunião no dia 11 de maio, antes da reunião já agendada de 19.05.
A realização da reunião foi uma demonstração de que somente em greve o governo recebe a categoria. Porém, demonstrando uma total falta de respeito com a categoria, o secretário de Relações Institucionais, Josias Gomes, afirmou que estávamos ali para um “bate-papo”. A nossa greve é o instrumento legítimo e eficaz para responder a este desrespeito à categoria. É preciso demonstrar a nossa indignação, fortalecendo as atividades propostas pelo Comando de Greve da UESC e construir um grande ato público dia 19 de maio, em frente à SEC, quando o movimento será recebido novamente pelo governo.
Convidamos as demais categorias de servidor@s técnic@-administrativ@s, estudantes e trabalhad@res terceirizad@s a construir a GREVE GERAL DA UESC, em defesa dos nossos interesses. Vamos unir forças com os trabalhador@s da Educação do Sul da Bahia: docentes e servidor@ stécnic@s do IFBA e professor@s da Educação Básica.
Estamos em greve por decisão democrática da Assembleia. Respeitar essa decisão é respeitar os professor@s da UESC e a democracia. A categoria é uma só. Juntos somos fortes.
Nossa Pauta de Reivindicações:
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Revogação da Lei 7.176/97;
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Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais baianas;
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Ampliação do quadro de vagas para professores;
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Valorização do trabalho docente: respeito aos direitos dos docentes, plano de carreira, mudança de regime de trabalho e insalubridade;
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Respeito aos direitos trabalhistas dos docentes, a exemplo de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho e insalubridade; por Alterações no Estatuto do Magistério Superior que valorizem o trabalho docente (aumento nos interstícios entre as classes, incentivos de Pós-Graduação e Regime de Dedicação Exclusiva);
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Reposição integral em parcela única.
Nenhum direito a menos!
Juntos somos fortes!
Comando de Greve da ADUSC