Estudantes ocupam mais de 60 escolas em São Paulo

imp-ult-1621726480A onda de ocupações de escolas estaduais em São Paulo cresce vertiginosamente. O movimento que começou, na última semana, com três escolas ocupadas contra o projeto de “reestruturação” da educação básica no estado – que prevê o fechamento de 94 centros de ensino – já chega a 67 ocupações na tarde desta quarta-feira (18), e segue crescendo.

Nem mesmo as ameaças do governo do estado de realizar reintegrações de posse com uso de força policial surtiu efeito para desmobilizar os estudantes que lutam por seus direitos. Após a decisão judicial que suspendeu todas as reintegrações de posse, o movimento aumentou. A pressão de governo e Polícia Militar continua, mas a participação da comunidade, de pais, professores e movimentos sociais e populares nas ocupações tem se mostrado fundamental para que o processo de lutas continue.

As ocupações, que iniciaram na capital do estado, e apenas em escolas que o projeto de “reestruturação” prevê fechar, se expandiram para a região metropolitana, litoral e interior. A Escola Técnica Guaracy Silveira, em Pinheiros, na capital, também foi ocupada.

O projeto de “reestruturação”

O governador Geraldo Alckmin apresentou um projeto de “reestruturação” da educação básica que prevê o fechamento de 94 escolas com a justificativa de “especializar” cada instituição em apenas um ciclo de ensino: o primeiro abrange os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental; o segundo, dos alunos do 6º ao 9º ano do fundamental, e o terceiro reúne os três anos do ensino médio.

A medida teve amplo rechaço entre estudantes, familiares, professores e servidores das escolas, que desde então organizam massivas mobilizações contra o projeto. Entre as consequências mais perversas da “reestruturação” estão a demissão de professores e funcionários temporários e o aumento da distância entre a casa dos alunos e as escolas.

*Com informações de Educação Integral e imagem de EBC

 

 

Fonte: ANDES-SN

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