Após várias denúncias acerca da condição salarial dos professores das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) – uma das piores do nordeste -, na tarde desta quinta-feira, 6, foi firmada negociação entre o Movimento Docente (MD) e o governo.
O acordo, assinado na Fundação Luiz Eduardo Magalhães (FLEM), no Centro Administrativo, em Salvador, garante à categoria incorporação total do restante da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho (CET) para este ano, sendo 9% em maio, 9% em novembro e 5,20% em dezembro. Soma-se a isto, a conquista do reajuste salarial de 7% em 2014 para todas as classes e níveis, que será dividido em duas parcelas: 4% para junho e 3% para dezembro.
O Fórum das Associações Docentes (ADs) foi convidado a assinar o acordo no Salão de Atos da Governadoria, na presença dos secretários e de Jaques Wagner. No entanto, as ADs se negaram a compor o cenário de “final feliz”, em resposta as atitudes truculentas que sempre demonstraram a falta de interesse do governador em receber categoria.
Para o professor Carlos Vitório, presidente da ADUSC, a atitude do Fórum foi consoante a coerência do Movimento Docente (MD) na condução do processo de negociação. “A campanha foi vitoriosa, devido a firmeza e luta do MD, o que resultou em um acordo que foi além do “limite prudencial” imposto em mesa pelo governo.”
Após assinatura, os representantes da SEC se comprometeram em agendar uma reunião para discutir o GT Carreira, Financiamento nas UEBA e a Lei 7.176/97. Conforme ata reunião deve acontecer ainda em julho.
O Movimento Docente permanece alerta, para que estas pautas também sejam tratadas com seriedade, uma vez que a posição intransigente e taxativa do governo em seu discurso de falta de verba e limite prudencial demonstra sua dificuldade em compreender a importância dessas reivindicações para o bom funcionamento das UEBA.
Fonte: Fórum das ADs e ADUFS, com edição.
Fotos: Murilo Bereta e Emiriene Costa