A falta de compromisso do governo Wagner para com a educação pública parece não ter limites. A informação de que o andamento da minuta ao Projeto de Lei (PL) a ser enviado à Assembleia Legislativa (Alba) prevendo a ampliação do quadro e a desvinculação das vagas às classes havia sido suspenso em função da “solicitação de um reitor” foi negada pelo Fórum de Reitores. A declaração (Leia aqui) do coordenador da Coordenação para o Desenvolvimento do Ensino Superior (Codes), Nildom Pitombo, dada durante reunião com o Fórum das ADs, dia 3 de fevereiro, reforça, mais do que a intenção do governo em ludibriar o Movimento Docente, a ausência de políticas para a Educação Superior.
O desrespeito com acordos firmados com o Movimento Docente (MD) tem sido uma prática bastante comum do governo Wagner. A urgência no envio do PL à Alba, solicitada também pelo Fórum de Reitores, é de conhecimento do governo desde maio do ano passado. Atualmente, as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) são penalizadas com a ausência de concurso público para a admissão de professores efetivos, o que tem provocado sobrecarga de trabalho, turma sem professores e impedimento das promoções garantidas aos docentes. Na Uefs, por exemplo, além das 50 vagas de professor efetivo, represadas de 2012 e 2013, a demanda para este ano é de, aproximadamente, 40 vagas.
A expectativa do Movimento Docente é de que na próxima reunião entre os fóruns das ADs, de Reitores e representantes do governo, dia 18 de fevereiro, às 16h, sejam apresentados os prazos para a realização de concurso, a desvinculação de vagas por classes e a questão orçamentária.
Fonte: ADUFS