Os 177 funcionários que prestam serviço de limpeza à Uefs estão em aviso prévio. Conforme documento da empresa responsável pela contratação dos trabalhadores, em 30 dias, contados a partir de 8 deste, tais serviços serão desnecessários. A situação é reflexo da opção política do governo estadual, que a cada ano tem reduzido a verba das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), deixando-as sem recursos para honrarem seus compromissos financeiros.
A empresa está sem pagar vale-transporte, ticket alimentação e salário referentes ao mês de setembro. O vencimento é no dia 7 de cada mês. A Unidade de Infraestrutura da universidade (Uninfra) informa que desde agosto, a instituição não consegue quitar as dívidas com a terceirizada, situação que se repete também com o setor de vigilância, copa, jardinagem e transporte. No caso desse último, a exceção é para o contrato que atende aos servidores residentes em Feira de Santana. Na quarta-feira (14), a reitoria reuniu-se com os funcionários terceirizados e seus sindicatos com o objetivo de informar sobre a atual situação financeira e orçamentária da instituição.
Além do problema social gerado pela suspensão do contrato, a possível demissão dos trabalhadores do setor de limpeza poderá precarizar ainda mais as condições de trabalho e estudo na Uefs, pois não terá funcionário para a realização do serviço. Caso o governo não suplemente o orçamento até o final deste mês, não haverá orçamento para pagamento das despesas essenciais ao funcionamento da universidade. O cenário futuro poderá ser de suspensão das atividades.
A situação tem sido denunciada por professores, estudantes e técnico-administrativos. Endossando a reivindicação por ampliação de recursos para as Ueba, a reitoria da Uefs divulgou, no dia 2 deste mês, nota pública expondo a grave crise financeira na universidade.
Diante da atual situação, é urgente que o governo assuma a responsabilidade com a manutenção das Ueba e convoque a comunidade acadêmica para discutir uma proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2016 que contemple as demandas acadêmicas. O Movimento Docente (MD) reivindica, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) às instituições, enquanto que a projeção do governo atinge, somente, 5%. Na terça-feira (13), o Fórum das ADs foi ao Centro Administrativo (CAB) cobrar resposta sobre o ofício protocolado em setembro reivindicando uma agenda de trabalho para tratar sobre o assunto.
Leia informações sobre a ida do Fórum das ADs ao CAB no próximo boletim da Adufs.
Fonte: ADUFS