Greve em defesa da educação pública se amplia em todo o Brasil

Movimento de greve nas Federais e Estaduais se intensifica com novas adesões e com ampliação da greve entre técnicos e estudantes

Em meio a ajustes fiscais e cortes nos orçamentos federal e estaduais, professores federais e de várias instituições estaduais de ensino superior protagonizam greves que têm em comum a pauta central: a defesa do caráter público da educação e a luta por mais financiamento na educação pública.

Nesta quarta-feira (3), a greve dos docentes federais completou uma semana. O movimento, deflagrado no dia 28 de maio com a adesão de 18 seções sindicais, já conta com a participação de 23 seções sindicais. Confira aqui a lista.

“O movimento é crescente e com importantes atividades dentro das instituições federais e também em diálogo com a sociedade. É importante ressaltar as mobilizações estudantis em apoio à greve, que estão assumindo as reivindicações de verbas e melhores condições de trabalho e ensino nas IFE”, comenta o presidente do ANDES-SN, Paulo Rizzo. Veja as principais reivindicações do movimento.

Estaduais
O mês de maio marcou a intensificação da luta das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes) em todo o Brasil. E o resultado dessa crescente mobilização é acompanhado nas decisões das assembleias das instituições de ensino e nas ações das que já estão em greve.

Além dos docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), das Estaduais do Paraná e da Bahia, está prevista para o dia 10 de junho a deflagração da greve na Universidade Estadual do Amapá (Ueap), segundo deliberação, em assembleia unificada dos professores, técnico-administrativos e estudantes, realizada na terça-feira (2).

As universidades Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), do Norte Fluminense (Uenf) e o Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), no estado do Rio,  e a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), também se encontram em processo de intensa mobilização.

Educação básica

Foto: SIMPI
Foto: SIMPI

Em vários estados e municípios, os professores das redes estaduais e municipais de ensino básico estão paralisados também em luta pelo cumprimento da Lei do Piso, por melhorias das condições de trabalho e em defesa da educação pública.

Em Itabuna, os professores, organizados no Sindicato do Magistério Municipal Público de Itabuna (SIMPI), ocuparam por quatro dias o Gabinete do Prefeito. A “lavagem da corrupção” marcou a desocupação do prédio, mas os docentes permanece em greve para defender os direitos da categoria.

Fontes: ANDES-SN e SIMPI, com alteração

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