Em praticamente todas as capitais do País trabalhadores paralisaram suas atividades, bloquearam avenidas e fizeram atos em diversas regiões. O clima foi de indignação, com o apoio da população a essas lutas. O Dia Nacional de Paralisações contou com a adesão de categorias do setor de transporte, metalúrgicos, servidores públicos das três esferas, trabalhadores dos Correios e da alimentação, operários da construção civil, químicos, bancários, setor da educação no ensino médio em greve em diversos estados, portuários, petroleiros, assim como diversos movimentos sociais.
Este Dia Nacional de Paralisações e Lutas está confirmando a insatisfação da classe trabalhadora brasileira com as reformas da Previdência e trabalhista que pretendem retirar direitos históricos e impedir o usufruto da aposentadoria pelos trabalhadores. Um exemplo é o apoio que tem recebido a greve dos condutores e dos metroviários de São Paulo.
Além das paralisações em diversas categorias, a CSP-Conlutas, por meio do movimento popular e setores operários, foi responsável pelo trancamento de avenidas e rodovias importantes como a Presidente Dutra, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, paralisada durante a manhã pelos metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
De acordo com o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha, esse dia de lutas vem superando a expectativa do movimento. “Apesar de não havermos chamado uma greve geral como defende a nossa central, os trabalhadores de todo o país realizaram paralisações num verdadeiro ensaio de greve geral como acreditávamos que seria possível”.
O dirigente reforça que as denúncias da Lava Jato, que já foram divulgadas e estão sendo publicadas, desautorizam o governo Temer e o Congresso Nacional dominado pela Odebrecht a votar qualquer medida contra os trabalhadores, como as que estão pautadas pelas reformas da Previdência e trabalhista. “São esses corruptos que querem impor uma contribuição de 49 anos para os trabalhadores se aposentarem, levando muitos a morte sem receber o benefício? São esses que querem passar por cima das leis trabalhistas ao aprovar que o negociado valha mais que o legislado? Eles não têm moral para votar absolutamente nada contra os trabalhadores”.
Confira o quadro com as mobilizações: http://cspconlutas.org.br/2017/03/greves-paralisacoes-e-bloqueios-de-avenidas-tomam-o-pais-csp-conlutas-defende-greve-geral-ja/
Fonte: CSP-Conlutas