Diante do cenário de descaso e intensos ataques à educação pública, movimentos sociais, sindicais, populares e estudantis lançarão um Comitê Local em Defesa da Educação Pública, em Itabuna. O evento ocorre na próxima quarta-feira (11), na sede do Sindicato do Magistério Público Itabunense (SIMPI), às 14 horas. A atividade antecede a etapa estadual preparatório para o II Encontro Nacional da Educação (ENE 2016), que terá como sede a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Comitê Local em Defesa da Educação Pública
Os Comitês Locais em Defesa da Educação Pública fazem parte das resoluções do I Encontro Nacional da Educação (ENE), realizado em 2014, no Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de 2 mil representantes de diversas categorias, com a tarefa de contrapor o projeto privatista de educação, presente no Plano Nacional de Educação(PNE) do governo. Como resultado do ENE, além dos comitê locais, foi elaborada uma cartilha com uma proposta da sociedade em defesa da Educação Pública (disponível aqui).
Em Itabuna a construção do Comitê Local em Defesa da Educação Pública teve início em 1º de Setembro com debate do documento provisório “Pátria Educadora”, Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE). Com duras críticas ao documento, os presentes falaram dos ataques à educação, tendo como exemplo os corte de orçamento, o descaso com a estrutura das escolas e universidades, o assédio moral sofrido por professores e demais trabalhadores da educação, entre outros.
As entidades mobilizadoras do Comitê também organizaram um Bloco da Educação no “Grito dos Excluídos”, durante o 7 de Setembro. O bloco denunciou os problemas sofridos pela educação pública de Itabuna e receberam amplo apoio dos presentes no desfile cívico. Agora, preparam o lançamento oficial do comitê, que ocorrerá na próxima quarta-feira (11), na sede do Sindicato do Magistério Público Itabunense (SIMPI), às 14 horas. O evento contará com a palestra “O projeto de educação e os desafios para organização da classe trabalhadora”, ministrada por representantes do Comitê de Feira de Santana e do Comando de Greve do IFBA campus Ilhéus.
Para o presidente da ADUSC, Emerson Lucena, a iniciativa é uma importante oportunidade de consolidar a unidade de todos aqueles que têm como princípio a defesa da educação pública. “Os problemas enfrentados nos diversos níveis da educação pública fazem parte de um projeto que pretende nos convencer que a educação é uma mercadoria e não um direito essencial. É uma tarefa nossa, de usuários e trabalhadores da educação pública, combater esse ataque”.
O lançamento também dará início a mobilização para a etapa baiana de preparação para o II Encontro Nacional da Educação (ENE 2016). O II ENE terá o tema “Por um projeto de educação classista e democrático” e seis eixos de debate: terá seis eixos: gestão; financiamento; formação e trabalho docente; avaliação; acesso e permanência; gênero, sexualidade e questões étnico-raciais.