A Jornada de Luta Sandra Presente movimentou a Universidade Estadual de Santa Cruz na última sexta-feira (03). Em memória de Sandra Oliveira, estudante assassinada brutalmente pelo seu ex-marido, e em defesa da vida das mulheres, estudantes, em conjunto com professoras, realizaram uma caminhada pelo campus da UESC em manifestação de repúdio ao feminicídio e a todas as formas de violência contra a mulher.
A Jornada se estendeu pela tarde com uma roda de conversa, no espaço CEU, que discutiu a realidade das mulheres em uma sociedade estruturada sob a lógica patriarcal. O debate também abordou o papel da universidade no combate ao machismo, retornando às discussões do I Seminário em Defesa dos Direitos das Mulheres, ocorrido em abril de 2016, na UESC, que encaminhou uma série de medidas para o combate à violência contra as mulheres dentro da universidade.
Flávia Alessandra, professora do DFCH e Coordenadora de Integração Comunitária, se comprometeu a reivindicar os encaminhamentos do Seminário perante a reitoria da Universidade. Pedro Lopes, professor de DCEC e membro da Comissão Especial de enfretamento à violência contra a mulher, na UESC, informou que os encaminhamentos foram classificados em resoluções de curto, médio e longo prazo e organizados num relatório, que deve ser pautado em CONSEPE.
A Jornada ainda contou com uma homenagem à Sandra, que ocorreu na noite de sexta-feira, no espaço CEU da UESC. No sábado, 04, uma caminhada percorreu as ruas do bairro Nossa Senhora da Vitória, em Ilhéus, onde Sandra morava, com participação de familiares e vizinhas da vítima. A Comissão de Mulheres da UESC volta a se reunir nesta terça-feira (7), a partir das 16 horas, para avaliar a jornada e discutir novos encaminhamentos. A data é também representativa, pois marcaria o aniversário de Sandra Oliveira.