Minas Gerais foi tomada por manifestações de movimentos populares em luta por moradia.
A ação é coordenada e compõe o dia chamado pelos organizadores de “Despejo Zero em Minas”. De acordo com Lacerda Santos, do Luta Popular, o ato é unificado e saiu de vários pontos estratégicos da região, com a exigência de mais investimento em moradia. Famílias da Ocupação William Rosa, organizadas pelo Luta Popular, na manhã desta quarta-feira (24) realizam o travamento da Avenida Severino Ballesteros Rodrigues, em Contagem.
O protesto também denúncia as centenas de mandados de reintegração de posse de terrenos ocupados, desses, sete podem ser realizados a qualquer momento.
As famílias da Ocupação Guarani Kaiowá interditaram os dois sentidos da Rua Pará de Minas, na Praça São Vicente, e exibiam uma faixa: “Ocupações unidas, despejo zero”; em outro ponto da cidade, a Avenida Presidente Antônio Carlos, em frente ao campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, esteve tomada pelos manifestantes da Ocupação São Lucas. Também houve manifestações na Estação Diamante, no Barreiro.
Um manifesto assinado por organizações de luta por moradia em Minas Gerais enfatiza que os sem-teto são aceitarão despejos forçados. Caso o estado haja com truculência “o povo pobre das ocupações responderemos com TRANCAMENTOS PERIÓDICOS da cidade como forma de pressionar os governos a respeitarem o povo que constrói cotidianamente as cidades, mas que contraditoriamente não tem acesso a ela, sendo alijados de direitos essenciais como à moradia digna”.
A nota é assinada pelas comunidades Rosa Leão, Esperança, Vitória, Dandara, Novo São Lucas, Nelson Mandela I (Aglomerado da Serra), Eliana Silva e Nelson Mandela II (Barreiro), Guarani Kaiowá e Willian Rosa (Contagem), Dom Tomás Balduíno I (Ribeirão das Neves), Dom Tomás Balduíno II (Betim) e Bairro Nossa Senhora de Fátima
Após a ação, será realizada uma reunião com as lideranças das 12 ocupações, às 16h, para avaliar as próximas ações e passos da luta.
Fonte: CSP-Conlutas