Cerca de 200 moradores do Salobrinho estiveram presentes na manifestação, realizada na tarde desta quinta (04). Os manifestantes saíram do campo de futebol do bairro em cortejo até a universidade, com cartazes, faixas e carro de som reivindicando melhorias na saúde, educação, saneamento e segurança.
No trajeto, a população do Salobrinho denunciava o descaso da prefeitura com o bairro, onde os dois postos de saúde estavam fechados por falta de médicos e enfermeiros para prestar o atendimento. Os manifestantes também reivindicavam a construção imediata de uma creche, para a qual, segundo eles, o dinheiro que foi disponibilizado havia sumido.
Na porta da UESC, o movimento questionava o compromisso da universidade para com a sociedade civil. Eles também exigiam da universidade projetos que contribuam para extinção da condição vulnerável do bairro. “Os moradores do Salobrinho estão cansados de projetos que só duram um mês!” afirmava Delliana Ricelli, representante do Levante Popular da Juventude e moradora do bairro.
Após realizarem um ato na porta da UESC, o movimento retornou em direção à praça do bairro, onde interrompeu o transito da rodovia por algumas horas. Para o presidente da ADUSC é salutar que eles se organizem e reivindiquem suas necessidades para garantir a cidadania. “Numa universidade pública, a principal beneficiada pelas atividades acadêmicas, deve ser a sociedade civil, haja vista ser a grande financiadora do projeto”.