Movimento das estaduais do Ceará denuncia caos das universidades aos turistas

Com o objetivo de dar dimensão internacional à propaganda da greve nas Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) do Ceará, as Seções Sindicais do ANDES-SN Sinduce, Sindurca e Sindiuva e o movimento estudantil das três universidades do estado lançaram uma nota, em forma de folder, que denuncia o contraste entre a imagem de um estado forte na promoção do turismo e mínimo em relação ao financimanto do ensino superior. A publicação é destinada aos turistas brasileiros e estrangeiros.

Intitulado “Bem-vindo ao Ceará, terra de contrastes”, o folder, com o texto disponível em três idiomas – português, inglês e espanhol -, divulga ainda uma lista de contatos de autoridades que constituem os poderes Legislativo e Executivo do Ceará, e estimula os turistas e demais leitores a encaminharem mensagem de apoio ao movimento, solicitando a imediata abertura de negociação com os grevistas.

“O Estado é forte na criação da infraestrutura para grandes grupos econÿmicos e investe pesado no turismo e nos megaeventos construindo exuberantes obras como a Arena Castelão, o Centro de Eventos, o 3º maio Aquário do mundo e sua Usina termelétrica. O mesmo Estado, porém, não valoriza suas universidades que hoje tem uma carência de 789 professores, contam com apenas 625 servidores técnico-administrativos quando deveriam ser 2.500 e vários campi não tem prédio para funcionar. É o Estado que condena os servidores técnico-administrativos a salários de fome e não lhes gratifica quando cursam graduação e pós-graduação; não investe em laboratórios, bibliotecas, nem em residências e restaurantes univeristários; as verbas de assistência estudantil cobrem menos de 3% dos al unos”, diz um trecho da nota (confira na íntegra).

O texto afirma ainda que o governador do estado, Cid Gomes, se recusa a ouvir os trabalhadores que lutam por direitos. “Mesmo em face da flexibilização da pauta de reivindicações e do apelo de intelectuais, parlamentares, artistas e autoridades jurídicas e religiosas, o governador mantém-se intransigente. Por isso, continuamos em greve e já contamos com o apoio de amplos setores da sociedade”.

Greve
Os docentes da Universidade Estadual do Ceará (Uece) estão em greve desde o final de outubro do ano passado, e os estudantes iniciaram paralisação no dia 22 do mesmo mês. A comunidade acadêmica da Faculdade de Educação de Itapipoca da Facedi iniciou paralisação no dia 18 de setembro. Os professores da Universidade Regional do Cariri (Urca) e da Universidade Vale do Acaraú (UVA) estão em greve desde o dia 5 e 7 de novembro, respectivamente.

* Com informações do Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN

* Imagem extraída do folder

Fonte: ANDES-SN

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