O Movimento Docente (MD) das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) participou, no ultimo domingo (2), do tradicional bloco da educação no Cortejo 2 de Julho, em Salvador. Este ano, o bloco do Fórum das ADs junto com o ANDES-SN, CSP-Conlutas, movimentos sindicais, estudantis e sociais denunciaram o grave cenário de não efetivação dos direitos trabalhistas enfrentados pelos professores junto à crise financeira que impacta a educação nas estaduais.
Carreira docente
Entre os problemas, destaca-se o grande número de processos emperrados de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho de professores. Nesse âmbito, atualmente existem um total de 1.042 processos travados quando somada a situação das quatro universidades estaduais. O que fere o Estatuto do Magistério e implica no não desenvolvimento da pesquisa, ensino e extensão das universidades.
No terreno do salário também há problemas. Apenas em 2016, um docente Auxiliar A, deixou de receber R$ 7.962,79. Um Assistente A teve como perda R$ 10.776,57. Em um professor Adjunto A o impacto no bolso foi de R$ 14.224,59. No Titular A, o prejuízo acumulado pela inflação foi de R$ 16.857,28. Já o Pleno deixou de receber 21.849,54. Os cálculos são da Adufs, baseado em dados do DIEESE. Após o acúmulo da inflação dos últimos dois anos, período em que Rui Costa negou o pagamento da reposição inflacionária à categoria, e ausência de política de recomposição salarial a reivindicação salarial deste ano à de 30,5%.
Além dos os direitos ameaçados, as universidades também passam por um estrangulamento orçamentário. Somente 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para custeio e investimento das UEBA já¡ Não atendem mais as necessidades da comunidade acadêmica.
Esse ano o bloco pautou as questões específicas das universidades estaduais ao lado da luta Fora Temer e contra as reformas. O coordenador do Fórum das ADs, Milton Pinheiro, avaliou positivamente a manifestação. “Conseguimos pautar as nossas reivindicações e dialogar com a sociedade baiana sobre a nossa pauta. Isso é fundamental para avançarmos no sentido de radicalizar o enfrentamento frente ao Governo do Estado dentro do que estamos apontando para o indicativo de greve em defesa dos direitos trabalhistas e da educação. O caminho é fortalecer a luta e as mobilizações de rua para a greve”.
Fonte: Fórum das ADs