Mal começou o ano de 2015 e a educação no âmbito federal já sofre cortes orçamentários significativos. Na tentativa de equilibrar-se em pernas de pau o governo Rousseff fez o bloqueio de despesas administrativas de 39 ministérios e secretarias. E a educação teve o maior corte das chamadas despesas de custeio, equivalentes a R$ 7 bilhões anuais, ou 31% do total de cortes.
É cada vez mais claro que o lema “Pátria Educadora”, mote do segundo governo de Dilma Rousseff, não é um compromisso com a melhoria da escola pública e não prioriza investimentos necessários para isto. Ao contrário.
O que o governo busca mesmo é fortalecer a iniciativa privada e garantir o lucro das empresas do setor de educação. De fato, em 2014, os valores destinados ao Prouni via renúncia fiscal cresceram 166%. E os lucros das faculdades privadas são contabilizados na casa dos bilhões de reais anuais.
O orçamento federal proposto pelo governo para 2015 destina R$ 1,3 trilhão para os gastos com a dívida pública, ou 47% da sua receita (tudo que o país arrecadará com tributos, privatizações e emissão de novos títulos e outras rendas). É o equivalente a 13 vezes os recursos previstos para a Educação.
Em 2014 mais de 45% do orçamento federal executado foi destinado ao pagamento da dívida pública. Falamos de R$ 978 bilhões gastos com juros e amortizações da dívida. Ou 12 vezes o que foi destinado à educação, 11 vezes à saúde e mais que o dobro dos gastos com a Previdência Social.