Nesta sexta-feira (25), sindicatos, estudantes e movimentos sociais de Itabuna voltarão às ruas contra a PEC 55 (PEC 241), reforma do ensino médio e demais ataques do governo Temer à classe trabalhadora. A atividade é um chamado nacional das centrais sindicais rumo à greve geral no Brasil. Em Itabuna, o ato terá como linha de frente a referência ao “dia internacional de luta pelo fim da violência contra mulher”. A decisão foi aprovada durante reunião ampliada do Comitê em Defesa da Educação Pública de Itabuna, realizada na segunda-feira (21), na ocupação do CEEP. A concentração do ato está marcada para as 15 horas no Jardim do “Ó”.
Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam há alguns anos o aumento dos casos de violência sexual, física e assassinatos de mulheres no país. O de 2015 constatou que houve 45.460 casos de estupro, o que corresponde a 125 vítimas por dia. Esses números, entretanto, estão longe de serem os reais, posto que no Brasil apenas 10% das vítimas de estupro notificam a violência.
Assim como em outros países, esses números são reflexos do aprofundamento da crise econômica e da total precarização das condições de vida da classe trabalhadora. Por isso, combater à violência machista para também por combater a política do governo Temer de transferir para as costas dos trabalhadores, em especial das mulheres o preço da crise.
Neste sentido, a reunião ampliada do Comitê Local em Defesa da Educação Pública, definiu a adesão do “Dia internacional de luta pelo fim da violência contra a mulher”, como tema central do ato desta sexta-feira (25). A luta das mulheres também estará presente nos atos que ocorrerão em todo país nesta data. A reunião também encaminhou por uma coluna das ocupações, com faixa unificada entre o IFBA, UESC, CEEP e UFSB, para dar visibilidade e combater a criminalização do movimento dos estudantes. Os professores da UESC já aprovaram paralisação para a data.
Professores e servidores técnicos das universidades e institutos federais, do ensino básico, servidores da saúde, terceirizados, estudantes, trabalhadores do comércio, bancários são algumas das categorias mobilizadas para a atividade. Faça parte da resistência! Convoque seu sindicato, colegas de trabalho, amigos, família e participe do ato público da sexta-feira (11). Fortaleça as ocupações das escolas e universidades. Vamos parar o Brasil e barrar o ataque aos nossos direitos!