O Seminário Nacional dos Povos Indígenas do ANDES-SN teve início na tarde da última sexta-feira (14) na sede do Sindicato Nacional em Brasília (DF) e prosseguiu até domingo (16). Com a participação de entidades, pesquisadores e lideranças indígenas, o objetivo do evento foi realizar uma formação para os professores, dentro desta temática ainda pouco conhecida e debatida nas Universidades.
A mesa de abertura trouxe o tema “Universidade, Povos Indígenas e Conjuntura”, composta pelo professor doutor Carlos José Ferreira dos Santos, Casé Angatu, que é professor efetivo de História na UESC e participou como representante do Movimento Tubinambá da Luta Pela Terra e associado da ADUSC.
O professor Casé Angatu apresentou um relatório de demarcação de terra no Brasil e destacou também, o número crescente de genocídio e etnocídio dos povos indígenas no país. Relembrou da carta aberta que a presidente Dilma Rousseff quando reeleita, destinou aos movimentos indígenas, alertando que não avançará na demarcação de terras.
Segundo Casé Angatu o evento discutiu a necessidade do ANDES – e das entidades vinculadas, incluindo a ADUSC – de atuar de forma mais incisiva na Luta dos Povos Indígenas por seus direitos. A programação do encontro contou com debates sobre a violência do estado contra os povos indígenas; a educação e saúde; demarcação de terras; e mudanças socioculturais no contexto indígena.
O Seminário Nacional aprovou e levará para o Congresso do ANDES-SN (fevereiro/2015) a proposta de o ANDES compartilhar a realização do Seminário Índio Caboclo Marcelino nos dias 23 a 27 de setembro de 2015, a ser realizado no Território Indígena Tupinambá de Olivença, Ilhéus – Bahia. E de participar do Ato Nacional de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil, em 26 de setembro, e da Caminhada Tupinambá, no dia 27 de setembro.