Debate – O projeto de desmonte das universidades estaduais

2CICLO_FADO governo da Bahia é o que mais ataca às universidades públicas. Direitos trabalhistas dos professores e servidores técnicos são desrespeitados e os salários corroídos após 2 anos sem reposição da inflação.

O programa de permanência estudantil também não atende as necessidades da categoria e o baixo orçamento destinado para as universidades prejudica a qualidade da educação.

Defenda as universidades baianas. Participe do seminário temático: “o projeto de desmonte das universidades estaduais”. Segunda, 13 de novembro, as 18 horas, no CEU (térreo do pavilhão Adonias Filho).

Realização ADUSC e Fórum das ADs – Confirme presença no evento

Assembleia aprova paralisação dia 28 de novembro

Assembleia de docentes da UESC, realizada nesta terça-feira (07), aprovou a paralisação no dia 28 de novembro, aderindo ao calendário de lutas indicado pelo Fórum das ADs. O calendário também foi aprovado pelos docentes da UESB, UNEB e UEFS, como forma de pressionar o governo Rui Costa a negociar a pauta da categoria. Os docentes exigem o cumprimento dos direitos trabalhistas, reajuste salarial de 30% e ampliação do orçamento para atender as necessidades finalísticas das universidades. A categoria não vai paralisar nesta sexta-feira, 10 de novembro.

Uma reunião ampliada está sendo convocada para a próxima terça-feira (14), quando será discutida a proposta de mobilização local para o dia 28 de Novembro. A reunião ocorrerá às 14 horas, na sede da ADUSC, e a participação de todos os associados é fundamental.

A assembleia também elegeu os docentes José Luiz de França e Arturo Samana, como titular e suplente, respectivamente, para a Comissão Executiva do processo de reformulação estatutária (Estatuinte) da UESC. Uma palestra com o Professor José Carlos Barreto (UEFS) vai tratar do tema “Estatuinte – conhecer e participar para transformar”, na próxima quinta-feira (09), às 14 horas, no Auditório do pavilhão Max de Menezes.

A Comissão Eleitoral para escolha da gestão da ADUSC, Biêniio 2017-2019, também foi formada. Fazem parte representando a diretoria atual a professora Lucimar França, e representando a base os professores Elvis Barbosa e Adão Ornellas. A Comissão deve se reunir para elaborar o calendário eleitoral, a ser divulgado posteriormente. O ANDES-SN também deve indicar um membro para compor a comissão.

 

 

 

Tarifaço do governo Temer deixa preço do gás e da luz nas alturas, afetando principalmente os mais pobres

Desde às 0h do último domingo (5), o gás de cozinha (GLP) envasado pelas distribuidoras em botijões de até 13 kg, estão mais caros 4,5% em média. O aumento foi informado pela Petrobras, na sexta-feira (3). É o quinto reajuste consecutivo anunciado desde o mês de junho, acumulando um aumento no preço do produto de 54%.

 

 

Segundo a Petrobras, o ajuste foi feito principalmente em razão da alta das cotações do produto nos mercados internacionais, “influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte, além da variação do câmbio”, informou em nota.

Com o reajuste, é possível encontrar um botijão de 13kg pelo absurdo preço de R$ 80 nas revendas. Um verdadeiro assalto!

A política de reajuste de preço da Petrobras para o gás de cozinha se assemelha com o praticado em relação aos combustíveis. Pelas novas regras, a empresa pode estabelecer o aumento ou redução diária no preço dos combustíveis e do gás, levando em consideração, entre outros fatores, a oscilação do preço do produto no mercado internacional. A gasolina acumula alta de 23,92% desde julho.

Tarifaço atinge em cheio o trabalhador

O aumento de preços de tarifas administradas pelo governo, diretamente ou através das estatais, estão atingindo em cheio o bolso do trabalhador. O “tarifaço” do governo Temer inclui também nos últimos meses o aumento da conta de luz.

A conta de energia elétrica já está mais cara a partir deste de novembro, pois a bandeira tarifária vermelha 2, em vigor este mês, também sofreu um aumento de 43%, passando de R$ 3,50 para R$ 5 a cada 100 kWh consumidos.

Esses reajustes impostos pelo governo atingem em cheio os trabalhadores, principalmente a população mais pobre, que vê o custo de vida aumentar assustadoramente. O aumento do gás de cozinha, da energia, dos combustíveis tem várias consequências, por exemplo, deixando mais caros os alimentos e o transporte.

O fato é que Temer segue com uma política econômica para beneficiar e atender os interesses dos setores privados, e as privatizações de várias estatais, como a própria Petrobras e a Eletrobras, que também estão nos planos do governo, tendem a piorar ainda mais essa situação e o aumento do custo de vida para o povo.

Em recente entrevista à CSP-Conlutas, o economista do Ilaese (Instituto Latino-Americano de Estudos Sócio-Econômicos) Gustavo Machado denunciou que a atual política da Petrobras visa garantir lucros aos acionistas privados, em grande parte estrangeiros, que já controlam as ações da empresa.

“A Petrobras hoje é controlada administrativamente pelo governo, mas a maioria de suas ações está na Bolsa de Valores, portanto, tem de garantir lucros e dividendos aos acionistas privados. Por isso, tem que se vender o combustível seguindo os critérios do mercado internacional e um furacão no Golfo do México afeta aqui no Brasil. Fosse, de fato, uma empresa estatal a serviço de suprir o consumo nacional, não precisaria esse aumento. Ao contrário, poderia se vender combustível muito mais barato, para garantir transporte e outras necessidades a preços acessíveis à população”, disse o economista.

Colocar para fora Temer e os corruptos do Congresso, bem como a luta contra as privatizações e por uma política econômica que esteja a serviço de garantir as necessidades dos trabalhadores e dos mais pobres também são bandeiras do Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Direitos no próximo dia 10/11. Vamos às ruas!

PEC que acaba com gratuidade na graduação em universidades públicas chega à Câmara

Chegou à Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição que permite que as universidades públicas cobrem de estudantes com condições financeiras de arcar com os custos do ensino. A PEC 366/17 é de autoria do deputado Andres Sanchez (PT-SP) e aguarda relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que irá analisar a admissibilidade da matéria.

A proposta altera o artigo 206 da Constituição Federal, prevendo que “o pagamento dos custos do ensino superior ministrado nos estabelecimentos oficiais será proporcional ao nível socioeconômico do estudante, admitida a possibilidade de pagamento sob a forma de prestação de serviço profissional, nos termos da lei, e assegurada a gratuidade para o estudante que tenha cursado o ensino médio completo em escola pública ou como bolsista integral em escola particular”.

Jacqueline Rodrigues Lima, 1ª vice-presidente da Regional Planalto do ANDES-SN e da coordenação do Grupo de Trabalho em Política Educacional (GTPE) do Sindicato Nacional, lembra que essa PEC não é a primeira tentativa de se implementar a cobrança de mensalidade na graduação em universidades públicas. Ela cita como exemplo o Projeto de Lei do Senado (PLS) 782/2015, apresentado pelo então senador Marcelo Crivella (PRB/RJ), que estabelece que o estudante de instituição pública de ensino superior, cuja renda familiar seja superior a trinta salários mínimos, deverá pagar anuidade, correspondente à média do custo per capita dos alunos matriculados no mesmo curso. O PLS também está em tramitação, aguardando designação de relator na CCJ do Senado.

A diretora do ANDES-SN afirma que a PEC 366/2017 é mais um ataque à educação pública, apresentada como uma alternativa à crise das IES, num momento de aprofundamento dos cortes de recursos destinados à Educação Federal. “O que estão fazendo é aproveitando o momento da crise para intensificar essas medidas de ataques às universidades. Tanto essas propostas – de PEC e PL de cobrança de mensalidade – quanto os projetos que estão em tramitação dos fundo patrimoniais, que criam entidades de natureza privada para fazer gestão dos recursos financeiros da universidade, são estratégias para ampliar a mercantilização da universidade e as estratégias de exclusão”, comenta.

Jacqueline alerta, ainda, para o risco de mudanças nos processos seletivos nas universidades públicas, caso a cobrança de mensalidades seja liberada. “As formas de acesso vão começar a se modificar, e, o pouco avanço que tivemos em relação às cotas, em especial aos estudantes que vêm de escolas públicas, vai ser reduzido, para se ampliar a possibilidade de ingresso de estudantes que paguem mensalidade. Infelizmente, esse é o contexto. Ampliar ainda mais a exclusão, que já existe nas universidades públicas no Brasil”, ressalta.

Fim da gratuidade na pós-graduação
Em abril desse ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a cobrança de mensalidades, por universidades públicas , para a realização de cursos de pós-graduação lato sensu. A decisão, referente a um recurso extraordinário da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi tomada depois da Câmara dos Deputados ter arquivado, em votação em segundo turno, a PEC 395/14, que buscava regulamentar tal cobrança.

 

Fonte: ANDES-SN

Assembleia da ADUSC indicará representação para Comissão Executiva do processo Estatuinte

11.07 assembleiaNo dia 7 de novembro, próximo, a Assembleia ordinária da ADUSC vai indicar os  representantes docentes para Comissão Executiva do processo Estatuinte da UESC. O objetivo é garantir que a posição política da categoria seja representada durante o processo de reformulação do Estatuto da universidade.  A escolha da Comissão Eleitoral para a gestão do Biênio 2017-2019 da ADUSC e a paralisação do dia 28 de Novembro, em conjunto com as demais Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), também estarão em pauta.

A UESC QUE QUEREMOS ESTÁ EM NOSSAS MÃOS!

O regimento do processo Estatuinte (reformulação estatutária) da UESC foi aprovado durante a 41ª Reunião Extraordinária do Conselho Universitário, realizada nos dias 18 e 26 de setembro de 2017. Agora, cabe aos setores responsáveis indicar os membros para composição da Comissão Executiva, conforme disposto no artigo 3 do Regimento. A metodologia de trabalho e as atribuições da Comissão encontram-se dispostas entre os artigos 4 e 7 do Regimento. A categoria docente será representada por um titular e um suplente eleitos em assembleia. (Leia o regimento AQUI)

Diante da importância do processo Estatuinte, a ADUSC lançou, em março deste ano, uma campanha com outdoors, camisas e uma sessão especial no site da entidade. (Acesse AQUI). Um debate com o docente José Carlos Barreto, que presidiu o processo Estatuinte na UEFS, na condição de reitor, está agendado para o dia 9 de novembro. “A ADUSC está empenhada em fazer valer o mote da campanha ‘Estatuinte: conhecer e participar para transformar’”, afirma o presidente da ADUSC, José Luiz de França.

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ELEIÇÃO 2017 – 2019

Outro importante ponto da pauta é a escolha da Comissão Eleitoral que coordenará o processo eleitoral para gestão da ADUSC Biênio 2017-2019. A Comissão Eleitoral será composta por um membro da base eleito em assembleia, um representante do Conselho de Representantes, um representante da diretoria atual e um representante indicado pelo ANDES-SN. A composição da Comissão e suas atribuições estão descritas nos artigos 35 à 42 do Regimento da ADUSC, disponível AQUI.

DIA ESTADUAL DE LUTA, COM PARALISAÇÃO

Indicado pelo Fórum da ADs, o Dia Estadual de Luta faz parte do calendário de mobilização das UEBA, para o me de novembro, a fim de que o governador estabeleça um diálogo em resposta às reivindicações docentes. Com indicativo de greve aprovado nas assembleias da ADUSB, ADUFS, ADUNEB e também da ADUSC, os docentes estão intensificando a mobilização para evitar um processo paredista. “Protocolamos a pauta em Dezembro de 2016, e, desde então, temos nos esforçado para o diálogo com o governador, que tem permanecido intransigente; nossa trajetória não nega a disposição para a luta, entrar em greve ou não, está nas mãos do governador”, afirma França.

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Acompanhe AQUI as discussões do Fórum das ADs.

Em audiência, comunidade acadêmica critica cortes orçamentários nas IES

imp-ult-1700710144Representantes dos docentes, técnico-administrativos, estudantes, e reitores de universidades públicas criticaram, em audiência pública realizada na quinta-feira (26) na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, os sucessivos cortes orçamentários nas instituições de ensino superior (IES) públicas e, em especial, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o que, segundo eles, têm comprometido o funcionamento das IES públicas desde 2014, quando o governo federal passou a restringir os repasses às instituições.

Eblin Farage, presidente do ANDES-SN, afirmou que os cortes de verbas atingem diretamente o tripé ensino, pesquisa e extensão, no corte de bolsas de iniciação científica e no fim dos projetos de extensão. Eblin explicou que os ataques às universidades vêm desde a década de 90, com projetos de contrarreforma do Estado apontando para a privatização e mercantilização da educação. Confira aqui o vídeo da intervenção.

“Os cortes na área da Educação pública superior, nos últimos três anos, ultrapassaram R$ 3 bilhões deixando a iniciativa privada de fora, demonstrando que o projeto de Educação que os governos defendem é um modelo que intensifica as parcerias público-privadas, subordinando a produção do conhecimento das universidades ao interesse exclusivo do mercado”, disse. Para ela, as recentes imposições de regras para professor voluntário e a cobrança de cursos de pós-graduação lato sensu são mais uma forma de mercantilizar e precarizar a educação.

“Nós, do ANDES-SN, somos radicalmente contrários a isso, pois entendemos que a educação pública é um direito e conquista da população e não existe no mundo exemplo de nação que construiu a sua autonomia que não fosse com a defesa da educação 100% pública, gratuita e de qualidade e socialmente referenciada, e que produza conhecimento a partir dos interesses da sociedade”. A presidente do ANDES-SN citou a importância das emendas parlamentares destinadas ao aumento de verbas das universidades, mas que, para ela, são insuficientes. “Política pública não pode ser balcão de negócios”, criticou.

Reinaldo Centoducatte, reitor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), contou que desde 2014 há uma queda no orçamento destinado as instituições, e que o orçamento deste ano é menor que o de 2013. O reitor apresentou dados que mostram uma redução de 86% nos investimentos (sem contar salários e custeio) previstos no orçamento do ano que vem, em comparação com o orçamento de 2017, para as instituições federais. Para ele, é preciso modificar a legislação que trata da questão da arrecadação. “Hoje a arrecadação da universidade entra no orçamento global e os limites são nivelados para o orçamento da universidade. Como o contingenciamento, a universidade pode até captar recursos, mas não pode utilizá-los. As universidades precisam brigar dentro do próprio sistema”, ressaltou.

Marcos Cordeiro, estudante e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Ufes, contou da realidade da sua universidade, que possui 25 mil estudantes. Destes, 22% são beneficiários do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). “O perfil do estudante que recebe bolsa em sua maioria é composto por mais de 60% mulheres, e mais de 60% destes estudantes são negros, pardos e indígenas. Cortes nas bolsas afetam não só os estudantes, como todo o Estado”. O estudante relatou que a situação é precária também nos restaurantes universitários e na infraestrutura da instituição.

Uerj

A situação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) também foi debatida em audiência. Para os palestrantes, a Uerj foi a primeira universidade a implantar cotas e abrir vagas para cursos noturnos e é referência em todo o país no que diz respeito ao ensino, pesquisa e extensão e, portanto, não poderia estar passando por essa situação de abandono.

Rodrigo de Azevedo dos Reis, tesoureiro da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Asduerj-Seção Sindical do ANDES-SN), criticou os duros ataques feitos a Uerj nos últimos anos e o argumento de diferentes governos de que a instituição seria onerosa ao Estado. “De 2008 a 2016 ocorreu um aumento considerável nos gastos em segurança pública, em R$ 9 bilhões, que é uma política ineficaz. Na área da Educação, em 2008, se gastou mais em educação do que nos últimos três anos, em valores não corrigidos pela inflação. E quando falamos em dívida pública do estado, de 2010 a 2015, ela quase que dobrou, está em R$ 108 bilhões”, afirmou. “A Uerj, em 2015, só representou 2,07% do Orçamento do estado, o que está longe de ser um vilão. O problema do Rio de Janeiro é a falta de receita”, completou. Reis contou que no ano passado mais de 500 terceirizados da limpeza foram demitidos da Uerj, sem aviso-prévio, e sem receber os sete meses de salários atrasados.

Ana Carola, vice-presidente da Asduerj-SSind., falou da urgência em se denunciar a situação da Uerj e propor soluções. “O que nos aguarda para os próximos 30 anos? É importante ter um financiamento garantido para a universidade se planejar”, disse. Os docentes da Uerj estão em greve, mais uma vez, desde o dia 3 de outubro, em decorrência dos salários atrasados. O 13° salário de 2016 não foi pago até o momento e há pendências nas bolsas de pesquisas de mestrandos e doutorandos. A situação já havia motivado uma paralisação em agosto.

Para Regina de Fátima de Sousa, do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Estado do Rio de Janeiro (Sintuperj), a situação no estado fluminense é “caótica”. “Estamos passando por um período que nunca imaginávamos passar. Sem condições de nos locomover, de chegar à universidade. Muitos sofrendo com os cortes de luz e água em nossas casas, com bancos nos cobrando. É uma situação humilhante”, lamentou . Os técnico-administrativos da Uerj estão em greve há nove meses. Regina ainda citou a situação do Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) que, segundo ela, sempre foi negligenciada, com números de cotas restritos, com a falta de um restaurante universitário e até hoje sem sede própria.

Professores e dirigentes da instituição cobraram, do governo estadual fluminense, o repasse dos chamados duodécimos do orçamento – que corresponde às doze parcelas mensais que o governo destina para os órgãos públicos que não têm renda própria -, para um planejamento eficiente das instituições.

Ao final da audiência, diversos parlamentares de oposição, sindicatos e comunidade acadêmica e representantes das reitorias da Uerj e Ufes reivindicaram a revogação da EC 95, mais repasses as IES e, ainda, a auditoria da dívida pública brasileira, que garantia mais recursos às universidades, entre outras medidas.

Confira aqui o vídeo da intervenção de Eblin Farage.

Com informações da Agência Câmara Notícias

 

Fonte: ANDES-SN

FÓRUM DAS ADS AVANÇA NO INDICATIVO DE GREVE E APONTA CALENDÁRIO DE NOVEMBRO

Foto: Fórum das Ads
Foto: Fórum das Ads

Indicativo de greve é aprovado nas Ueba e reunião do Fórum indica paralisação estadual em novembro

Dando continuidade aos próximos passos do indicativo de greve, ocorreu na última segunda-feira (23) na Uesb a reunião ordinária do Fórum das ADs. O espaço fez avaliações sobre a conjuntura estadual, criticou o descaso do governo Rui Costa e apontou o calendário de ações do próximo período. Com o objetivo de demover o Governo do Estado da sua postura intransigente, foi indicado o dia estadual de paralisação, com atos locais, para o dia 28 de novembro. A proposta já foi aprovada em assembleia de docentes da Uneb e deverá ser apreciada nas próximas assembleias da Adufs, Adusb e Adusc.

Indicativo de greve e pauta estadual

Diante da inflexibilidade e ausência de diálogo do governo, os professores das quatro universidades estaduais aprovaram o indicativo de greve em assembleias da Uesb, Uesc, Uefs e Uneb. A construção da radicalização pela categoria foi uma reação ao silêncio diante de mais de 10 meses silêncio do governo sobre pauta protocolada. As indignações dos professores dizem respeito ao arrocho salarial, não garantia de promoções, progressões, mudança de regime de trabalho, crise orçamentária das Ueba entre outras questões relacionadas ao sucateamento da educação e direitos trabalhistas.

Leia mais sobre a pauta de reivindicações 2017.

Na agenda desse mês foi indicada a continuidade do Ciclo de Seminários Temáticos das Universidades Estaduais da Bahia. As próximas rodadas serão na Uesc e Uefs entre os dias 13 e 16 de novembro, respectivamente. Além disso, foi encaminhando o fortalecimento da campanha de mídia com publicação de notas nos jornais, outdoors e lançamento do jingle nas rádios. Foi tirada também a construção de novos panfletos e um boletim que amplie a divulgação dos números das perdas salariais e do desmonte das Ueba.

A orientação do Fórum foi de fortalecer a pauta estadual em diálogo com a pauta nacional. Na avaliação dos docentes, o ajuste fiscal estadual do governo petista tem relações indissociáveis com o cenário de retirada de direitos e o ajuste fiscal do governo Michel Temer (PMDB). Nesse sentido, as Associações Docentes também apontaram a incorporação das seções sindicais nas atividades de mobilização do dia 10 de novembro, que será um dia nacional de luta e resistência contra a aplicação da reforma trabalhista.

Pressão rumo à greve

Na leitura do Fórum, a mobilização precisa continuar forte e em uma crescente do movimento paredista. Para Vamberto Ferreira, atual coordenador do Fórum das ADs, é preciso unir forças de toda comunidade acadêmica pela sobrevivência das universidades. “A hora de lutar é agora. Não haverá recuo até o governo não atender as nossas reivindicações. Dinheiro tem, o que falta é o governador dar prioridade a educação”, afirmou o professor.

As contas mostram a Bahia como o quinto estado mais rico do país. Os números oficiais indicam folga em relação ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas ainda assim o governo se recusa a aumentar os recursos para a educação pública e garantir os direitos trabalhistas.

A próxima reunião do Fórum ocorrerá no dia 13 de novembro às 9h na Universidade Estadual de Santa Cruz.Confira o calendário do mês de novembro.

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ADUSC divulga moção de repúdio à pronunciamento homofóbico de vereador ilheense

Moção de repúdio ao pronunciamento homofóbico de vereador ilheense

A diretoria da ADUSC vem por meio desta nota repudiar as declarações homofóbicas do vereador Aldemir Almeida (PP), realizadas durante sessão ordinária da câmara, realizada no dia 17 de Outubro de 2017. O vereador afirmou ser contrário ao beijo público entre pessoas do mesmo sexo e que se fosse proprietário de um estabelecimento de lazer colocaria para fora aqueles(as) que tentassem reproduzir tal prática. Segundo o vereador, casais homossexuais deveriam procurar o mato para fazer essas coisas.

Reafirmamos a defesa do direito à igualdade e o respeito às identidades sexual e de gênero, condenamos qualquer manifestação de ódio ou preconceito. Promover e incitar o tratamento diferenciado entre as pessoas, tendo como base a orientação sexual e de gênero é inaceitável e expressa políticas que fomentam a intolerância, discriminação e a violência.

Pronunciamentos de ódio e violência para com as pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais, tem sido uma prática recorrente e lamentavelmente reforçada por iniciativas e políticas como essas adotadas pelo referido vereador e seus aliados e merece o repúdio e a reprovação por parte de toda sociedade.

“Achamos justa toda forma de amor!”

Ilhéus, 25 de Outubro de 2017

Confira pronunciamento do vereador na íntegra:

Frente Nacional divulga Manifesto em Defesa das Instituições Públicas de Ensino Superior

Centenas de docentes, técnico-administrativos em educação, estudantes, reitores, entidades da educação e científicas, movimentos sociais, sindicais e populares, de todo país, participaram do “Dia Nacional em Defesa da Educação Pública” no dia 19 de outubro, no Rio de Janeiro. Na oportunidade, foi divulgado o Manifesto em Defesa das Instituições Públicas de Ensino Superior e a Frente Nacional com o mesmo nome.  O objetivo da ação foi intensificar a luta em defesa das universidades municipais, estaduais e federais, Institutos Federais e Cefets e, também, dar visibilidade nacional à luta em defesa das instituições de ensino superior (IES) públicas.

O manifesto alerta para a ameaça que paira sobre Educação Pública e para a necessidade de deter esse processo. “A educação pública, em seus diferentes níveis, vem recebendo intensos ataques no sentido da desestruturação do seu caráter público, gratuito, laico e socialmente referenciado. […] Nossa tarefa é fazer reverberar a luta em defesa das instituições públicas de ensino superior em todas as regiões, criando frentes estaduais conjuntas com todos os níveis da educação pública, pois a luta é a mesma!”, clama o documento.

Leia o manifesto completo

Em unidade Universidades Estaduais da Bahia aprovam indicativo de greve

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Com união e disposição para a luta, os docentes da Uefs, Uneb, Uesc e Uesb deliberam em assembleias a aprovação do indicativo de greve e novas ações de radicalização do Movimento Docente (MD). O avanço do movimento paredista demonstra a disposição da categoria para lutar pela defesa dos direitos trabalhista, da educação pública e é uma resposta ao descaso do governo Rui Costa (PT).

A pauta de reivindicações do MD foi protocolada nas instâncias governamentais desde o dia 19 de dezembro de 2016. Há mais de dez meses o Governo do Estado não apresenta nenhuma resposta efetiva que resolva, de fato, os problemas das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Diante da inflexibilidade e ausência de diálogo, o Fórum das ADs apontou pautar o indicativo de greve nas seções sindicais desde o mês de julho. (Leia mais)

Direitos trabalhistas ameaçados
No âmbito dos direitos trabalhistas os ataques são muitos. Há dois anos, o governo não faz a reposição inflacionária do funcionalismo público, o que resulta numa perda salarial de quase 20%. Significa dizer que professoras e professores deixam de receber por ano o valor equivalente a dois meses de salário. A luta dos docentes é pela recomposição salarial de 30,5%.

Além da perda salarial, a não garantia das promoções, progressões e mudanças de regime de trabalho também são uma realidade no cenário de retirada de direitos. Somada a situação das quatro universidades, 303 professores não tiveram seus processos de promoção atendidos e 140 ainda estão na fila de mudança de regime. O governo ainda ataca outros direitos como a insalubridade, licença sabática, programas como o Planserv e a aposentadoria integral através do Prevbahia.

Crise orçamentária nas Ueba
A educação superior baiana também enfrenta uma crise orçamentária em função da política de cortes do Governo do Estado. Atualmente apenas 5% da Receita Líquida de Impostos (RLI) é destinada às Ueba, o que é insuficiente para a infraestrutura necessária para ensino, pesquisa e extensão. Além dos recursos insuficientes, as universidades ainda acumulam um corte de 73 milhões desde 2013. A reivindicação é o aumento para 7% da RLI.

As Universidades Estaduais tem unidades inseridas em 29 cidades e abrange em sua totalidade em torno de 5.152 professores e, aproximadamente, 54.625 estudantes. A crise atinge as universidades em grandes proporções, principalmente pela sua abrangência e importância para o desenvolvimento da sociedade baiana de conjunto.
Apesar das contas mostrarem a Bahia como o quinto estado mais rico do país, e dos números oficiais indicarem folga em relação ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo se recusa a aumentar os recursos para a educação pública.

Fonte: Fórum das ADs
Fonte: Fórum das ADs

Categoria mobilizada
Mesmo diante da falta de compromisso dos gestores públicos, a categoria segue firme e disposta à luta. A indignação fez com que os docentes aprovassem o indicativo de greve e já existe a indicação do Fórum das ADs para uma paralisação estadual, com atos locais, para o dia 28 de novembro. A proposta deverá ser discutida em assembleias das Associações Docentes (ADs).

O indicativo de greve não é ainda a greve, mas um alerta de que ela poderá ser deflagrada, caso o governo não negocie com os professores. Em 2015, por exemplo, a greve foi deflagrada após quase um ano de o indicativo ter sido aprovado. Já em 2011, o movimento paredista ocorreu após dois meses da aprovação do indicativo de greve.

Vamberto Ferreira, da atual coordenação do Fórum, afirmou que a história do movimento docente mostra que só a luta garante respostas. “Seguiremos avançando na radicalização do indicativo de greve pela defesa dos nossos direitos e das nossas universidades até o governador Rui Costa apresentar respostas sólidas e efetivas para a crise que passamos”, destacou o professor.

Fonte: Fórum das ADs