Fórum das ADs decide intensificar e endurecer as mobilizações no mês de maio

Em reunião o Fórum tirou uma “Semana em Defesa das Estaduais”, rodadas de assembleias e o indicativo para um dia de paralisação

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Diante da conjuntura nacional, estadual e o descaso do governo Rui Costa frente à pauta de reivindicação 2017, o Fórum das ADs (FAD) encaminhou, em reunião realizada na última quinta (4), a ampliação da mobilização durante o mês de maio.Entre as principais iniciativas,foi apontada uma Semana em Defesa das Universidades Estaduais, de 22 a 26 de maio, com um dia de paralisação das atividades acadêmicas nas quatro instituições, que será remetido e definidonas assembleias junto às demais atividades.

O espaço fez uma avaliação da recepção negativa e negligente dos representantes do governo com a comunidade acadêmica no último dia de paralisação estadual e apontou a intensificação da luta como saída. Nesse sentido, o Fórum definiu também a construção de uma carta aberta à comunidade acadêmica alertando professores, estudantes e técnicos sobre os graves problemas que comprometem as condições de trabalho e estudo nas universidades e convocando-os à luta em defesa dos direitos e da educação pública.

“Consideramos que foi muito pífia a última reunião com o governo em virtude de duas questões: primeiro a forma irresponsável do governo a não responder a nenhum dos nossos pontos e segundo a atitude extemporânea das representações governista de encerrar a reunião e se retirar bruscamente da negociação. Nesse sentido, é importante termos uma jornada de lutas das estaduais da Bahia frente aosataques que o governo Rui Costa tem implementado contra as nossas universidades e os professores.”, disse Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs.

O professor ainda chamou a atenção para a possibilidade de mais àfrente, a partir do calendário de mobilizações das centrais em relação à reforma da previdência, é possível que ocorraalguma alteração no calendário do FAD em função da pauta nacional. A proposta do Fórum das ADs é que, nas assembleias, sejam construídos comitês de Greve.

Outro ponto da pauta das assembleias a serem realizadas neste mês é o XIII Encontro dos Docentes das Ueba, que ocorrerá de 26 a 28 deste mês, em Ilhéus. No espaço, será discutido e construído um plano de lutas da categoria para os próximos dois anos.

Além disso, conforme sugerido pelas diretorias das associações docentes, o Fórum das 12 – instância que reúne representações de estudantes, professores e técnicos – sereunirá na próxima sexta-feira (12), às 10h30, na sede da Aduneb, em Salvador para discutir a unidade da luta e os próximos passos. A próxima reunião do Fórum das ADs ficou definida para o dia 6 de junho, na sede da Adufs, em Feira de Santana.

Fonte: Fórm das ADs

24 de maio: vamos ocupar Brasília em defesa dos direitos trabalhistas e da aposentadoria e preparar a Greve Geral de 48 horas

As Centrais Sindicais, reunidas na tarde desta segunda-feira (8), decidiram marcar a data do #OcupeBrasília no próximo 24 de maio. Apoiadas na disposição de luta dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, que se refletiu na força da Greve Geral de 28 de abril, a ideia é avançar na mobilização nacional contra as reformas da Previdência e trabalhista e a terceirização.

 

 

O objetivo é fazer mais um dia de mobilização que entre para a história do país, com a presença de trabalhadores, movimentos populares e juventude. É necessário dar mais um passo em defesa das nossas bandeiras e reafirmar que esse governo Temer e os políticos corruptos do Congresso Nacional não têm moral para atacar ainda mais os trabalhadores com a retirada de direitos históricos da nossa classe.

 

“A CSP-Conlutas desde já começará a discutir com suas bases que se a jornada de maio não frear os ataques do governo, vamos fazer uma Greve Geral de 48 horas depois da ocupação de Brasília”, alerta o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.

 

 

Mas maio não se resumirá ao dia 24. Muitas atividades serão realizadas neste Maio de Luta.

 

CALENDÁRIO

 

08 a 12 de maio

 

– Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para dialogar com os deputados e senadores sobre os efeitos negativos dessas reformas e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos;

 

– Atividades nas bases sindicais, com panfletagens, assembleias e outras atividades. A CSP-Conlutas desde já vai para as bases defender a continuidade dessa luta por meio de uma Greve Geral de 48 horas.

 

– Atividades nos aeroportos e nas bases eleitorais dos deputados e senadores para denunciar os que estão votando a favor de acabar com os direitos dos trabalhadores, e continuar esclarecendo a população sobre as reformas do governo Temer.

 

15 a 19 de maio

 

Dia 17: Vigília, no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, às 10h. Representantes da classe trabalhadora estarão por todo o dia no Congresso Nacional para pressionar os parlamentares contra a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 287, que acaba com a Previdência Social pública.

 

– Nesta semana haverá categorias de trabalhadores do campo e da cidade, movimentos sociais e estudantil realizando atividades permanentes na capital federal.

 

Dia 24 de maio

 

– O #OcupeBrasília terá caravanas de todo país para realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.

 

Em todo o mês de maio serão realizadas assembleias de base para continuar o debate sobre a retirada dos direitos e o avanço da organização das lutas unificadas nacionais. “Se a jornada de mobilizações do mês de maio não bastar, as Centrais Sindicais já assumiram o compromisso de organizar uma nova Greve Geral, mais forte do que foi o 28 de abril e nós vamos começar a discutir essa greve com os trabalhadores nas assembleias de base e nos comitês de luta que se formaram recentemente”, reforça Atnágoras.

 

Estavam na reunião desta segunda-feira (8), a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), CTB (Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil),  CUT (Central Única dos Trabalhares), Força Sindical, Intersindical (Central da Classe Trabalhadora), NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores) e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

Fonte: CSP-Conlutas

28 de abril: o dia em que os trabalhadores e trabalhadoras pararam o Brasil

va é que 40 milhões de trabalhadores tenham cruzado os braços nessa sexta (28) contra as reformas da Previdência e Trabalhista. Manifestações foram reprimidas com violência em alguns estados

O Brasil amanheceu parado nessa sexta-feira (28). Por todo o país, piquetes e barricadas trancaram rodovias, acessos à entrada das cidades, de fábricas, montadoras, siderúrgicas, metalúrgicas, prédios de serviço público, bancos, universidades, escolas, garagem de ônibus, empresas, comércios, portos, aeroportos, paralisando diversos ramos econômicos. Metrôs, ônibus e trens de uma série de cidades não circularam por 24h.

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Em Itabuna pressionou pelo fechamento das lojas que insistiram em abrir.. Foto: Philipe Murillo

Docentes de diversas instituições federais, estaduais e municipais de ensino superior se uniram a servidores públicos de diversas áreas, inclusive do Judiciário, aos bancários, metalúrgicos, comerciários, eletricitários, químicos, petroleiros, portuários, jornalistas, radialistas, trabalhadores da saúde, de saneamento básico e dos Correios, entre tantas categorias, ao que está sendo considerada a maior greve geral país.

Dezenas de universidades amanheceram com as portas trancadas. Várias seções sindicais realizaram manifestações em frente aos campi, com panfletagens e aulas públicas, também integraram outros atos como trancamento de rodovias, garagens de ônibus e comércios. Além disso, os docentes ainda participaram das grandes manifestações unificadas, em todos os estados do Brasil.

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Manifestantes circularam pelas ruas do comércio de Ilhéus, para garantir a paralisação geral das atividades. Foto: Joselito Martins

Em Itabuna e Ilhéus, manifestante fecharam as lojas que insistiram em abrir. Alguns lojistas reagiram com violência e mantiveram em cárcere privado os funcionários, mas foram contidos.

A estimativa das centrais sindicais é de que cerca de 40 milhões de trabalhadores aderiram à greve geral e cruzaram os braços. Alguns veículos de imprensa divulgaram que a greve teve impacto aproximado de R$ 5 bilhões na economia brasileira.

A paralisação foi convocada pelas Centrais Sindicais, de forma unificada, como protesto para barrar as contrarreformas da Previdência e Trabalhista e contra a Lei de Terceirizações aprovada recentemente. Os ataques promovidos pelo governo federal, com apoio de representantes do legislativo, sem diálogo com a população /brasileira, destroem direitos sociais e trabalhistas históricos.

Confira no site do ANDES-SN alguns dos locais onde ocorreram atos. Veja também mapa interativo feito pela CSP Conlutas com as manifestações pelo país.

Fonte: ANDES-SN, com informações e alterações

Cem anos da Revolução Russa é tema de palestra na UESC

Ciclo de debates FAD_100 anos revolução russaCom tema “O papel da mulher e a transformação da família”, a ADUSC sediará a segunda etapa do ciclo de debates organizado pelo Fórum das ADs em homenagem aos 100 anos da Revolução Russa. O debate acontecerá na próxima quinta-feira (11), às 18:30 horas, no Auditório do pavilhão de Ciências Exatas e Tecnológicas. As debatedoras convidadas são as professoras Maria Orlando Pinassi (UNESP) e Sofia Manzano (UESB).

100 anos de Revolução Russa                                  

Meses após a queda do regime Czarista na Rússia, em fevereiro de 1917, a mobilização popular e os sovietes (conselhos) de operários, soldados e camponeses tomaram todo país, e os bolcheviques liderados por Lenin e Trotsky conquistaram o poder. Essa revolução vitoriosa dá início à construção de uma sociedade socialista.

Dentre as mudanças sociais pelas quais passou a sociedade soviética, nas duas décadas após a revolução, a vida das mulheres teve uma atenção especial. A estrutura familiar, a sexualidade, o casamento e o divórcio são aspectos que contribuem para análise da luta pela emancipação das mulheres como parte da Revolução Russa.

Uma importante contribuição na luta contra o machismo será abordada durante o debate do dia 11 de Maio, e que será aberto à comunidade acadêmica e ao público externo.

ANDES-SN participa de audiência pública sobre impacto da PEC 287 na educação

imp-ult-186131444A comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou, na quinta-feira (27), uma audiência pública para discutir os impactos da contrarreforma da Previdência (PEC 287/2016) na Educação. Participaram do debate representantes de entidades da educação pública e privada. Algumas, como o ANDES-SN, criticaram a Proposta de Emenda à Constituição e também convocaram quem acompanhou a audiência para a Greve Geral desta sexta-feira (28).

O Sindicato Nacional foi representado na audiência pela presidente do Sindicato Nacional, Eblin Farage, que criticou o que chamou de “mercantilização dos serviços públicos”. “Não acreditamos que a educação possa ser uma mercadoria a ser vendida”, disse ela, ao defender uma auditoria da dívida pública brasileira, a taxação de grandes fortunas e uma revisão tributária em vez da reforma na legislação previdenciária.

“O ônus da gestão da economia não pode cair sobre os trabalhadores. Não dá para os trabalhadores pagarem a conta de uma dívida que não foi ele que fizeram”, sustentou Eblin, que também convocou os presentes para a greve geral de amanhã.

Ainda durante sua fala, Eblin ressaltou para os deputados presentes que as entidades sindicais e os movimentos sociais irão denunciar à população aqueles que votarem contra os direitos dos trabalhadores e que isso terá impacto nas eleições de 2018. A fala incomodou os parlamentares da base governistas.

Após a audiência, Eblin ressaltou que é importante estar nesses espaços fazer o contraponto em defesa dos direitos da classe trabalhadora. “É importantes estarmos nesses espaços para defender nossas ideias e ver também o quanto os ataques vêm de todos os lados. Por que desde parte dos deputados da própria comissão, que se posicionam a favor da reforma da previdência e que desconsideram que a educação tem que ser de fato garantida pelo Estado, como a fala de outras pessoas que foram ali também defender a reforma da Previdência, como a representação das Mantenedoras das Instituições Privadas de Ensino, a revelia dos direitos trabalhistas”, comentou a presidente do ANDES-SN.

* Com informação e imagem da Agência Câmara

 

Fonte: ANDES-SN

PROFESSORES DA UESC APROVAM ADESÃO A GREVE GERAL!

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (28), os docentes da UESC aprovaram por unanimidade adesão ao movimento paredista nacional contra as reformas da previdência e trabalhista, e a política de ajuste fiscal do governo golpista de Temer! Confira abaixo a programação da mobilização na UESC, em Ilhéus e Itabuna:

UESC:
27/04 – Esquenta pré-Greve Geral com mobilização no campus ao longo do dia!

28/04 – Greve Geral

ILHÉUS:

26/04 – quarta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 10h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu); (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, quinta-feira, 16h, Panfletagem no comércio – concentração no início do calçadão da Marques de Paranaguá (praça Cairu). (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

27/04, 18h, Plenária final das Frentes – auditório do sindicato dos bancários. Acertos finais da preparação da greve geral; (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

28/04 – GREVE GERAL – Paralisação de todas as categorias. Concentração no comércio – 8h, Praça Cairu. (Organização: Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo)

ITABUNA:

26/04 – quarta-feira: 8h – panfletagem nas escolas estadual de Itabuna. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

15h – Panfletagem e agitação no São Caetano! (Organização: Frente Brasil Popular)

18:30h – Panfletagem e agitação na UNIME e da FTC (Organização: Frente Brasil Popular)

27/04 – quinta-feira: 8h – panfletagem no comércio e nos principais pontos de ônibus da cidade. (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

16h – Concentração Jardim do Ó para MOBILIZAÇÃO na Cinquentenário! (Organização: Frente Brasil Popular)

28/04 – GREVE GERAL: 9h – ato público no Jardim do Ó (Organização: Comitê em Defesa da Educação Pública – Itabuna/BA)

Mais informações da assembleia serão divulgadas em matéria específica.

Comitês de base preparam Greve Geral do dia 28 de abril


Com comitês nas empresas, nos canteiros de obras, nas plataformas, nas escolas, universidades, no transporte público, nos bairros, em comunidades, praças públicas têm sido organizados para prepara a Greve Geral de 28 abril, conforme resolução aprovada na reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas.

A CSP-Conlutas já havia aprovado a formação de comitês contra as contrarreformas da Previdência e Trabalhista, com o objetivo de conscientizar os trabalhadores e toda a população dos malefícios desses ataques, que podem representar o fim do direito à aposentadoria para boa parte da população, a perda de direitos trabalhistas históricos como férias, 13º salário, entre outros.

Esses comitês, agora, concentram seus esforços para a preparação da Greve Geral, para conscientizar a população da necessidade de parar o país no próximo dia 28. “Queremos fortalecer a unidade da nossa classe e resgatar a importância da realização de uma Greve Geral”, destaca a Central, em nota.

Os comitês estão realizando reuniões que promovem debates públicos, organizam panfletagens, atos unificados, protestos em praças públicas. Mais do que isso, organizam dentro dos locais de trabalho como será a paralisação no dia da Greve Geral nos bairros, nas comunidades, nas escolas, nos transportes públicos.

Em São Paulo, tanto na capital quanto em cidades do interior e do ABCD paulista, diversos fóruns de entidades, que reúnem seções sindicais do ANDES-SN, sindicatos locais, centrais sindicais e movimentos sociais, comitês populares têm se reunido por todo o estado, organizando panfletagens e atos públicos para conscientizar a população sobre a necessidade de paralisar o país no dia 28. O mesmo tem ocorrido nas capitais e também em cidades do interior de pelo menos outros 13 estados. Entidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Pará, Roraima, Amapá, Maranhão, Piauí, Paraíba, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul também foram comitês para a construção da greve geral.

Como parte das atividades dos comitês, a CSP-Conlutas orienta as CSP-Conlutas Estaduais e Regionais a realizarem, via os Comitês, o plebiscito organizado pela Auditoria Cidadã da Dívida Pública, que pede para a população se posicionar se é a favor ou contra a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, as Privatizações e sobre a Auditoria da Dívida Pública. “Essa é uma ferramenta importante, pois abre a possibilidade de denunciarmos que mais de 40% do PIB é usado para pagar a dívida pública, enquanto setores sociais sofrem cortes constantes em seus orçamentos. Além de fortalecer a participação da população, uma vez que todos são chamados a participar e opinar sobre o que pensam em relação aos ataques do governo”, destaca a circular enviada pela Central.

O ANDES-SN também participa da consulta da Auditoria Cidadã da Dívida e, no último dia 10, enviou às seções sindicais, secretarias regionais e aos diretores do Sindicato Nacional, documentos referentes à Consulta Nacional sobre as contrarreformas da Previdência, Trabalhista, as privatizações e a dívida pública. A campanha, que ocorre até o dia 30 de junho, conta com o apoio de cerca de 60 entidades.

 

Fonte: ANDES-SN

Repúdio: Governo da Bahia se recusa a negociar com as Universidades Estaduais

Governo Rui Costa trata a comunidade acadêmica com descaso e desrespeito no dia de paralisação estadual (18)

 

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Paralisação estadual e protesto no CAB.

O dia de paralisação estadual (18) foi marcado pelo desrespeito do governo do Estado com o Movimento Docente (MD) e a comunidade acadêmica em luta. A mobilização, construída pelas quatro Universidades Estaduais Baianas (Ueba) e que reuniu centenas de estudantes, professores e técnicos em um ato no CAB, foi recebida em reunião pelo Subsecretário de Educação do Estado, Nildon Pitombo, com intransigência e autoritarismo.

A resposta apresentada pelo governo à pauta de reivindicações, protocolada desde 2016, foi uma sequência de negativas, formalizada em um documento entregue ao Fórum das ADs. A negociação com o movimento não avançou nem através da resposta escrita e nem do diálogo. A postura dos representantes do Estado foi de entregar o documento e não ouvir os representantes do Movimento Docente, estudantes e servidores que estavam na reunião.

Confira a resposta do governo em resposta a pauta de reivindicação docente

Para Milton Pinheiro, coordenador do Fórum das ADs, o descaso do governo, a incapacidade de negociar e a forma irresponsável como a reunião foi conduzida é repudiada pelo Movimento Docente. “A conduta do subsecretário Nildon Pitombo de entregar um documento que não responde absolutamente nada, se levantar e encerrar a reunião de forma intempestiva é um desrespeito com todos aqueles que vieram do interior e da capital para defender a educação pública e os direitos trabalhistas”, afirma o professor. 

 

Mentira orçamentária

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Reunião com representantes do governo do dia 18 de Abril.

Segundo o Fórum das ADs, para tentar justificar o descaso, o governo argumenta sobre o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Contudo, a alegação governamental não se sustenta e é contraditória com as próprias informações do site “Transparência Bahia”. De acordo com as informações oficiais divulgadas, entre o limite prudencial (46,17%) e o limite máximo (48,70%), há uma folga de 2%, o que é um valor suficiente para fazer a recomposição salarial.

Em reunião realizada em 14 de março com o Fórum das ADs, o superintendente de recursos humanos da SAEB, Adriano Tambone, afirmou que o limite prudencial deste ano foi ultrapassado, contradizendo as próprias informações oficiais divulgadas para a sociedade baiana. Na recente reunião, da última terça-feira (18), os representantes do governo novamente afirmaram isso alegando que as informações divulgadas no portal da transparência do Estado estavam erradas.

Para o MD, existe uma contradição no discurso e, na verdade, não falta recurso financeiro. O que falta é a prioridade do governo, que prefere desviar orçamento público para os cofres dos banqueiros por meio do pagamento da dívida pública. Só no ano de 2016, por exemplo, mais de R$ 1,3 bilhão do orçamento do Estado foi usado para pagamento de juros, encargos e amortizações da dívida pública, de acordo com site Transparência Bahia.

O governo que mais ataca as universidades

A situação nas Universidades Estaduais Baianas é de crise em todas as esferas e categorias, desde o ponto de vista dos inúmeros processos de promoção, progressão e mudança de regime de trabalho emperrados, perda salarial docente em 30,5% (levando em consideração a ausência de política de recomposição salarial e corrosão inflacionária) até a crise orçamentária e uma política inadequada e que não garante os recursos necessários para a permanência estudantil. Se por um lado a situação é dramática, por outro o governo assume a postura de simplesmente ignorá-la. Pela tradição do Movimento Docente, a resposta será a radicalização da luta e o enfrentamento. Os representantes do Fórum das ADs também também avaliam a possibilidade de uma greve.

Para organizar os próximos passos da luta, o Fórum das ADs convocou para o dia 12 de maio uma reunião do Fórum das 12 – instância que compõe representações de estudantes, servidores e docentes – no sentido de unificar as categorias e preparar a resistência contra a política do governo do estado. Além disso, as ADs também apontaram para rodadas de assembleias para discutir com a categoria o descaso do governo com a educação e direitos trabalhistas. Para os docentes, o próximo período será de radicalidade e o Movimento Docente das Universidades Estaduais Baianas estará, como sempre esteve, na linha de frente das lutas por nenhum direito a menos e em defesa da educação pública, gratuita, laica, socialmente referenciada e de qualidade.

Confira na íntegra o documento com a pauta de reivindicações protocolada desde dezembro de 2016 na governadoria. (anexar)

Construção da Greve Geral foi tema de evento em praça pública de Itabuna

01 cPromovido pelo Comitê Local em Defesa da Educação Pública, o evento “Itabuna rumo à Greve Geral” aconteceu neste domingo (9), na praça Rio Cachoeira. Os representantes da CUT e da CSP -Conlutas, (Érick Maia e Josias Porto, respectivamente), apresentaram uma análise de conjuntura, apontando os desafios para construção da Greve Geral.  A intervenção cultural ficou por conta do Grupo Dance, dos estudantes do CIOMF (Centro Integrado Oscar Marinho Falcão).

Itabuna rumo à Greve Geral
A Greve Geral, marcada para 28 de Abril, é uma convocação unificada das centrais sindicais e deve unificar trabalhadores das diversas áreas e setores (privado e público) e a juventude em defesa de diretos historicamente conquistados. Para os representantes da CUT e CSP esse é sem dúvida um momento de fortalecer a unidade e as ações de Frente Ampla, que demonstram a insatisfação da classe trabalhadora contra o governo ilegítimo de Temer e suas medidas. Os debatedores também ressaltaram o importante papel cumprido pelas ocupações protagonizadas pela juventude e as novas estratégias de luta propostas por este setor e que teve importante influência na mudança de opinião da popular sobre a política do governo ilegítimo em 2016, nas lutas contra a PEC 55.

Josias Porto, ressaltou os impactos das propostas de Reformas na Previdência e Trabalhista também estão repercutindo na população, e isso foi perceptível nas mobilizações que marcaram o mês de março. Para o representante da CSP-Conlutas, aquelas manifestações foram um ensaio, mas o dia 28 precisa ser maior. Para isso, Porto invocou a responsabilidade dos sindicatos em realizar assembleias para aprovar a adesão das categorias à data com paralisação dos meios de produção e alertou ” Os sindicatos tem a grande responsabilidade de garantir as paralizações, mas a contribuição da juventude, os movimentos populares e outros movimentos sociais, como de mulheres, negras e negros, e LGBTs também são fundamentais para garantir a realização de fato da greve geral”.

Dando continuação ao calendário de mobilização, o comitê realizará uma aula pública na praça do bairro Santo Antônio, nesta terça-feira (11), às 17 horas. A iniciativa é uma parceria com os professores do colégio estadual CIOMF (Centro Integrado Oscar Marinho Falcão).

Saiba mais sobre o Comitê Local em Defesa  da Educação Pública acessando aqui.

Coordenação Nacional da CSP-Conlutas aprova resolução unânime na preparação da Greve Geral de 28 de abril: Vamos parar o Brasil!

cspconlutasVotação por unanimidade. Aplausos e Greve Geral entoada em coro pelos participantes. Assim chegou ao final a reunião da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas que votou unanimemente a resolução de conjuntura e atividades cujo eixo central é a preparação da Greve Geral de 28 de abril.

 

A resolução foi apresentada pela dirigente da Secretaria Executiva Nacional Eblin Farage que defendeu a necessidade de um documento unitário da Central para a preparação da Greve Geral, num momento em que busca-se ampla unidade com os diversos movimentos e entidades para preparar a Greve Geral de 28 de abril, convocada pelas Centrais Sindicais. “Mas nós vamos preparar a greve nas ruas”, reforçou Eblin que clamou pela importância da criação dos comitês de base em todo o país.

 

“Neste mês de abril, vamos intensificar as nossas mobilizações da forma mais ampla, preparando as ações do dia 28 em nossas categorias e para além delas, vamos buscar os setores mais pauperizados da nossa sociedade para organizar essa greve”, ressaltou.

 

Eblin frisou a intenção da Central de jogar todas suas forças na preparação da Greve Geral que culmine no aprofundamento das lutas dos trabalhadores. “Além de derrubar os projetos de reforma, também queremos derrubar esse governo”.

 

A CSP-Conlutas não pretende reduzir o dia 28 a grandes atos nas cidades. “Vamos começar esse 28 com o Brasil parado. Na porta das fábricas, nos transportes, em todos os locais de trabalho”, reafirmou.

 

A CSP-Conlutas pretende ir para as ruas com suas bandeiras em todo país, para que não se confunda com os dois blocos: tanto o de direita como o que pretende alavancar o Lula 2018 se aproveitando dessas lutas.

 

Reafirmar nossas bandeiras

 

– GREVE GERAL: 28 de Abril, vamos parar o Brasil!

 

– Contra as reformas da Previdência e Trabalhista e a Terceirização;

 

– Por emprego e nenhum direito a menos;

 

– Fora Temer e todos os corruptos do Congresso!

 

Tarefas e calendários

 

– Organizar Comitês Contra as Reformas e de organização da Greve Geral em todo o país;

 

– Realizar assembléia e votar a Greve Geral em todas as categorias e locais de trabalho;

 

– Estimular e organizar comitês unitários da Greve Geral nas cidades, estados, bairros, local de trabalho, estudo e moradia ou regiões;

 

– Participar em unidade de ação de fóruns, frentes ou comissões do movimento que tenham por objetivo organizar a Greve Geral;

 

– Dar ampla divulgação dos materiais unitários das centrais sindicais, bem como agilizar (via avaliação de nossa Secretaria Executiva) a confecção, impressão e divulgação de materiais próprios de nossa Central referentes à Greve Geral, com conteúdo da luta contra as reformas;

 

– Avançar ainda mais nas iniciativas de mídia de nossa central com eixo Greve Geral e destacando a organização e ação dos Comitês;

 

– Durante o mês de abril, realizar atividades de agitação nos estados e municípios, incluindo a pressão sobre os (as) parlamentares, seja nos aeroportos ou em suas casas e escritórios estaduais, para exigir que se posicionem publicamente contra a reforma da previdência e trabalhista.

 

– Organizar atividades no dia 19 de abril na câmara dos deputados, com representação das entidades, caso entre em pauta a votação da Reforma Trabalhista.

 

– Dia 28 de abril: Greve Geral!

 

– Fazer chamado, desde já, a todas as centrais por uma grande manifestação na votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados;

 

– Construir atos unitários e classistas no 1º de Maio;

 

– Organizar coleta de votos ao Plebiscito pela Auditoria da Dívida, contra a Reforma da Previdência e Trabalhista e contra a terceirização;

 

– Seguir fortalecendo a luta de nossos povos originários (índios, quilombolas etc.) na defesa da demarcação ou da retomada de suas terras e, nesse contexto, apoiarmos o acampamento “Terra Livre” que ocorrerá de 24 a 28 de abril.

 

– Incorporar no dia 28 de abril a denúncia dos acidentes, lesões e mortes no trabalho: Dia Mundial contra o Acidente de Trabalho.

 

– Pela vida das mulheres. Nenhuma a menos, nenhum direito a menos! Greve Geral Já!

 

Acesse também: Confira os materiais de divulgação do 28 de Abril, dia de Greve Geral!

 

Resolução na íntegra

 

Resolução de conjuntura e atividades da Coordenação Nacional da CSP-Conlutas de 7, 8 e 9 de abril