Foi divulgado nesta segunda-feira (18), o Anexo ao Caderno de Textos do 63º Conad, que ocorrerá entre 28 de junho e 01 de julho, na Universidade Estadual do Ceará (Uece), na cidade de Fortaleza (CE). O material, juntamente com o Caderno de Textos, irá orientar os debates do Conad.
A sexagésima terceira edição é organizada em conjunto com a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece – Seção Sindical do ANDES-SN), e terá como tema central “Por um projeto classista e democrático de educação pública: em defesa da gratuidade, autonomia e liberdade acadêmica”.
Esse será o quarto Conad do ANDES-SN realizado na capital cearense. A cidade de Fortaleza já recebeu o 24º Conad em 1992 (sediado por ADUFC e Adunifor), o 50º Conad em 2005 (sediado pela Adunifor) e o 55º Conad em 2010 (sediado pelo Sinduece-SSind). Também foram realizados em Fortaleza dois congressos do Sindicato Nacional, ambos sediados pela ADUFC: o 2º Congresso em 1986 e o 18º Congresso em 1999.
Credenciamento prévio Para agilizar as inscrições nos eventos nacionais, o ANDES-SN ressalta a importância do credenciamento prévio, que poderá ser realizado de 1º a 27 de junho. O credenciamento durante o 63º Conad poderá ser feito no dia 28 de junho, até às 17 horas. As informações sobre documentação para credenciamento estão na circular 098/18.
Posse da nova diretoria A nova diretoria do ANDES-SN, que estará à frente do Sindicato Nacional durante o biênio 2018-2020, será empossada durante a Plenária de Abertura do 63º Conad, que acontecerá dia 28 de junho, às 9h30. A Chapa 01 “ANDES-SN Autônomo e de Luta” foi eleita com 51,71% dos votos dos eleitores que compareceram às urnas de todo o país, nos dias 9 e 10 de maio.
O protesto acontecerá em Salvador e se une às manifestações populares e de outras categorias de trabalhadores
O Movimento Docente se prepara para mais um ato em defesa das Universidades Estaduais da Bahia (UEBA). Desta vez, o protesto acontecerá no tradicional Cortejo 2 de Julho, em memória da resistência baiana pela independência do Brasil. A ação visa denunciar à população a situação enfrentada nas universidades e o maior arrocho salarial imposto àcategoria nos últimos 20 anos, como também, pressionar o governo #RuiCorta a estabelecer o diálogo com os representantes docentes.
A ADUSC participará do Cortejo em conjunto com o Fórum das ADs e entidades da esquerda anticapitalista. Os docentes estão convocados a participar desta importante atividade, para fortalecer a luta da categoria. Interessados devem procurar a secretaria da ADUSC até a próxima quarta-feira (27), às 12h. Participe!
O Movimento Docente (MD) esteve em Itabuna na manhã desta segunda-feira (18) para entregar, em mãos, ao governador #RuiCorta a pauta de reivindicação 2018, e exigir a abertura de diálogo com a categoria. A ação ocorreu durante cerimônia de assinatura da construção de uma Policlínica regional, e entrega de outros equipamentos de saúde e policiamento. Aproveitando a presença de prefeitos de cerca de 30 municípios, deputados, autoridades públicas da região e da imprensa, os docentes também realizaram uma panfletagem denunciando a crise imposta pelo governo às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA).
Rui corre do diálogo com os docentes
Apesar de receber os documentos em mãos em meio ao público, o governador não emitiu uma palavra sobre o agendamento da reunião. Já são mais de 260 dias desde que a pauta foi protocolada e, até o momento, Rui corre do diálogo com a categoria. Com indicativo de greve aprovado nas quatro universidades estaduais e diversas mobilizações realizadas, o governo tem silenciado quanto à retomada das negociações.
Enquanto isso, as filas para cumprimento dos direitos trabalhistas relativo à carreira docente, problema solucionado parcialmente como conquista da greve de 2015 (saiba mais), voltaram a crescer. São cerca de 900 processos das quatro Universidades Estaduais travados pelo governo. Além disso, a perda salarial da categoria é maior que 21,1%, já que há três anos o governo não realiza o pagamento da reposição inflacionária (conheça a calculadora de perdas do Fórum das ADs). O recurso orçamentário das universidades, aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA), também vem sendo contingenciado, impedindo o funcionamento pleno das UEBA.
Mobilização Docente
Além da ação direta por parte da ADUSC, nesta segunda-feira, um protesto semelhante foi realizado pela ADUSB durante a posse da nova reitoria da UESB (saiba mais). Na oportunidade o Subsecretário de Educação, Nildo Pitombo, se comprometeu com o agendamento de uma reunião ainda este mês. O Fórum das ADs estará nesta quarta-feira (20) na sede da Secretaria de Educação, em Salvador, para cobrar uma resposta concreta quanto à data da reunião. Um protesto também está previsto para ocorrer no dia 2 de julho, no trajeto do tradicional cortejo cívico da independência da Bahia, em Salvador.
“Estamos nos esforçando para dialogar com o governo que aplica o maior arrocho dos últimos 20 anos em todo o serviço público, mas a ausência de resposta tem nos empurrado a um endurecimento ainda maior da luta, e não vamos evitar caso seja necessário um movimento paredista”, afirma José Luiz de França, presidente da ADUSC. O docente também convoca a categoria a engrossar o cortejo do 2 de Julho, entrando em contato com a secretaria da ADUSC para que o transporte seja providenciado.
Há mais de três anos o governo Rui Costa não faz o pagamento da reposição inflacionária aos servidores públicos baianos. Na prática, os professores e o funcionalismo público baiano já enfrentam quase quatro anos de salário congelado. Segundo o DIEESE, o prejuízo imposto pelo governo Rui Costa (PT) já representa a maior perda salarial dos últimos 20 anos. Está também é a primeira vez, desde 1990, que o movimento docente amarga mais de três anos de congelamento salarial. Para que a categoria visualize o quanto o Estado tem usurpado seus direitos, o Fórum das ADs criou uma calculadora que estima as perdas em decorrência do não pagamento da reposição inflacionária de 2015 a 2018.
Apenas a luta poderá alterar este cenário de ataques. Desde 2017 o movimento docente tenta dialogar com o Governo do Estado. Atualmente, o governo segue inflexível em suas posições, mesmo com o Fórum das ADs ratificando o compromisso das diretorias em resolver pela via negociada as questões que envolvem as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Como resposta ao descaso, os docentes estão com indicativo de greve aprovado.
A pauta de reivindicações 2018 tem como uma das suas principais bandeiras de luta a exigência de reposição integral das perdas inflacionárias, que já ultrapassam 21,1%, defesa dos direitos trabalhistas e das universidades estaduais.
Os professores da UESC se reuniram em Assembleia na última quarta-feira (6), para discutir saídas para crise imposta às Universidades Estaduais da Bahia (UEBA), pelo governo Rui Costa (PT). Dentre as propostas, foi apresentado, além de medidas judiciais a serem tomadas, um calendário de mobilização com paralisação de 72 horas e possível greve geral.
Os encaminhamentos da Assembleia foram avaliados em reunião do Fórum das Associações Docentes (Fórum das ADs), que também discutiu as propostas dos professores/as da UESB, UNEB e UEFS, na quinta-feira (7). Como resultado da discussão, os representantes docentes indicaram que seja realizada uma rodada unificada de Assembleias, no dia 5 de Julho, para pautar a decretação do Estado de Greve da categoria. Até a data, o Fórum das ADs vai protocolar, novamente, a pauta da categoria, em mais uma tentativa de diálogo com o governo. A participação no tradicional cortejo das UEBA, no 2 de Julho, em Salvador, também, foi proposto.
A pauta dos professores, protocolada desde dezembro de 2017, reivindica 21,1% de recomposição salarial, 7% da Receita Liquida de Impostos destinada ao orçamento das universidades e o cumprimento dos direitos trabalhistas. Leia mais sobre a pauta de rivindicação.
Assembleia da ADUSC
A Assembleia dos docentes da UESC foi marcada por uma discussão ampla, diversificada e muito produtiva. Indignado com o descaso e a falta de diálogo do governo, os docentes relataram problemas que afetam desde a condição de vida e trabalho à qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão.
O cancelamento das aulas de campo frente à escassez orçamentária, tem sido uma das queixas recorrentes. O custeio de materiais didáticos e de laboratório, sob responsabilidade de estudantes e professores, é outro problema. Além de assumir esses e outros gastos, os/as professores/as ainda sofrem com a corrosão salarial, já que há 3 anos o governo não cumpre com a reposição da inflação.
Nesse sentido, frente ao reajuste salarial concedido aos agentes penitenciários (veja aqui), os docentes encaminharam entrar com uma medida judicial reivindicando isonomia salarial, isto é, que seja dado o mesmo tratamento a todas as categorias de servidores públicos do estado da Bahia.
Em termos de mobilização, a Assembleia também encaminhou um calendário de mobilização com uma semana de atividades internas nos Campi; uma segunda semana de paralisação conjunta de 72 horas e, numa terceira semana, uma rodada de Assembleias nas quatro UEBA para avaliar a construção de uma greve docente.
Fórum das ADs
Reunidos na UESB de Vitória da Conquista, nesta quinta-feira (7), os representantes da ADUSC, ADUSB, ADUFS e ADUNEB avaliaram as propostas elaboradas a partir do Movimento Docente de cada universidade. O descontentamento da categoria é unanime e crescente. Entretanto, mesmo com calendários dissonantes, entre as universidades, o Fórum construiu uma proposta de atividades conjuntas, garantindo a autonomia de cada AD quanto às suas mobilizações internas.
Entre os encaminhamentos do Fórum das ADs, ficou decidido que os representantes docentes tentarão novamente a abertura de diálogo com o governo, protocolando, no dia 20 de Junho, mais uma solicitação de reunião. O Fórum de Reitores também será instado pelo Movimento Docente para uma reunião tendo em vista um posicionamento dos reitores referente à pauta da categoria. A categoria, assim como toda comunidade acadêmica, também está sendo convocada á participar do Cortejo do 2 de Julho, como estratégia para dar visibilidade à população quanto aos ataques e descaso do governo estadual ao patrimônio do povo baiano. E no dia 5 de Julho acontecerá, na UESC, UESB, UNEB e UEFS uma rodada unificada de Assembleias para pautar o estado de greve e a construção do movimento paredista.
Segundo o presidente da ADUSC, José Luiz de França, o Movimento Docente tem se empenhado na tentativa do diálogo com o governo. “Rui Costa finge ignorar a tradição de luta dos docentes, categoria que enfrentou uma greve vitoriosa no início de seu mandato, o que destravou uma fila de direitos trabalhistas acumulados”, destaca França, reafirmando a disposição da categoria pra luta.
No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia ordinária a realizar-se no dia 06.06.2018 (Quarta-feira), às 13:30h em primeira convocação e às 14:00h em segunda, no CEU, no Térreo do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:
1)Informes;
2) Avaliação da conjuntura e da campanha salarial;
3)Escolha de delegados (titular e suplente) para o 63º CONAD;
Neste mês de maio o Fórum das ADs entrevistou a professora Iracema Lima sobre as contrarreformas da educação e seus impactos nas esferas estadual e nacional. A entrevista especial marca a Semana Nacional de Lutas do Setor das Instituições Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Setor das Iees/Imes), organizada pelo ANDES-SN, que aconteceu entre os dias 21 a 25 de maio.
Iracema é Professora titular do Departamento de História da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, vice-presidente da atual gestão da Adusb (2017-2019) e também compõe o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública, na Bahia. Abaixo reproduzimos na íntegra as respostas da docente acerca dos ataques à educação, desmonte dos serviços públicos e o III Encontro Nacional de Educação (ENE), que ocorrerá nos dias 12,13 e 14 de abril de 2019.
FAD: O governo de Michel Temer tem sido marcado pelos retrocessos e desmonte do serviço público. Como você considera que está a educação nesse cenário? Iracema: O alinhamento do Estado brasileiro aos princípios neoliberais reforça o modelo da segregação e exclusão da grande maioria da população. No Brasil vivemos um momento de profunda instabilidade política e econômica em que direitos sociais e trabalhistas são confundidos com privilégios. No conjunto dos ataques às garantias sociais, o governo Temer, que tem a maioria no Legislativo e Judiciário nacional, não tem evitado esforços para sucatear ainda mais a educação. Este projeto de retrocesso está sendo ainda mais aprofundado com a aprovação da Lei do Teto, que congelou por 20 anos os investimentos sociais, inclusive na educação.
FAD: Quais são as principais contrarreformas da educação do último período? Iracema: Foram aprovadas reformas que atingem todos e todas os (as) trabalhadores (as) do país, como é o caso da Reforma Trabalhista e a Lei da Terceirização. E faço referência a estas duas reformas porque não podemos deixar de considerar que, conjuntamente, impactarão tanto no momento da escolha quanto na permanência na carreira docente. Foi oficializada a categoria teacher bus que terá contratos de trabalho extremamente fragilizados.
Diretamente ao campo da Educação a Reforma do Ensino Médio que, na essência, pretende atender às demandas estabelecidas pela formação para o mercado de trabalho. Estabelece, ainda, que qualquer profissional do mercado poderá dar aula, independente da sua formação. Professores com vinculo horista e tantos outros. Não esquecendo que esta mesma lei possibilita que parte da carga horária do ensino médio poderá ser realizada à distância (EAD). Neste aspecto o mercado escolar, possuindo capilaridade que o mercado financeiro lhe possibilita, encontra-se em festa.
A Base Nacional Comum Curricular e a formulação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), também atacam autonomia do professor deste a etapa da concepção do planejamento à sua efetivação no interior do espaço da sala de aula. A liberdade da atuação política-pedagógica foi colada em cheque.
Há também a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Na essência ela foi orquestrada por grandes corporações e está completamente comprometida, na raiz, com os princípios neoliberais. Enquanto supostamente professores e demais sujeitos da comunidade escolar debatiam o que fica ou não no currículo, o que pode ou não ser considerado conhecimento válido, os grandes conglomerados financeiros davam o tom e formato na concepção de sociedade que necessitam para referendar o projeto econômico e político em curso. Lembrando que esta Base desconsidera valores expressos na Constituição Federal de 1988 e na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, especialmente no campo das liberdades e garantias individuais.
Ainda tramitam os Projetos de Lei no Congresso Nacional e nos legislativos estaduais e municipais do Escola com Mordaça. Ataques a projetos que discutem a formação de professores, a exemplo do PIBID e a excrecência da Residência Pedagógica que, ao final, serve para reforçar a não realização de concursos públicos. Trata-se também de uma interferência direta na autonomia universitária na função de organizar sua estrutura curricular e o perfil do profissional a ser formado.
FAD: Qual é a sua leitura sobre essas contrarreformas frente à conjuntura? Na sua opinião, elas têm relação entre si? Iracema: Estes projetos estão absolutamente todos interligados. O Sistema educacional funciona, ou deveria funcionar, como um organismo onde as partes compõem o todo. As Reformas então são pensadas numa perspectiva que fortalece o apassivamento da classe trabalhadora, sua alienação e seu silenciamento. A mídia opera no sentido de convencer a população que o projeto pensado e elaborado pelo governo burguês atenderá às necessidades da classe trabalhadora. Engano maior não há!
FAD: Compreendendo o papel da educação na reprodução do sistema, como anda a disputa de projetos no interior da Universidade? Iracema: Especificamente nas Universidades Estaduais Baianas percebemos que o Governo Rui Costa tem utilizado todos os subterfúgios necessários para interferir na organização administrativa-pedagógica das estaduais baianas. Servidores estão sem o reajuste linear há três anos; existem centenas de professores nas filas de progressão e promoção da carreira, o fim da licença sabática e da licença prêmio, a operação Dedicação Exclusiva são afrontes ao Estatuto do Magistério Superior e a autonomia universitária. O fortalecimento da política de balcão é perceptível, inclusive aos mais desatentos. Instâncias democráticas correm o risco cotidianamente de serem engessadas. A política petista reproduz, senão elabora, propostas que colocam a educação num patamar de destruição similar a qualquer governo de direita. Governo que fecha escola da educação básica não terá escrúpulos em propor o fechamento de um dos maiores patrimônio que a Bahia construiu com muita luta da sociedade civil. As universidades estaduais baianas que hoje têm mais de 60 mil trabalhadores e trabalhadores matriculados.
Foto: Ascom Fórum das ADs
FAD: Que outras considerações você entende como pertinentes a este tema da educação nesta fase do imperialismo que conta com as ideologias e a cultura para domínio da classe trabalhadora? Iracema: Cresci ouvindo o seguinte dizer: “para doentes remédio”. Então para o avanço do conservadorismo o enfrentamento é a resistência.
FAD: Você vê uma possibilidade de avançar na luta em defesa da educação pública? De que forma? Iracema: Sim, senão não estaria atuando à frente da Vice-Presidência da minha sessão sindical que é a ADUSB. Não estaria construindo o Comitê Estadual em Defesa da Educação Pública, nem estaria participando do Grupo de Trabalho de Política Educacional GTPE do ANDES. Entendo que a classe trabalhadora organizada tem muito mais força para fazer o enfrentamento e construir novos horizontes.
FAD: Quais são os principais desafios do III Encontro Nacional da Educação no atual cenário político? Iracema: O III ENE acontecerá na Universidade Federal Fluminense entre os dias 12,13 e 14 de abril de 2019. O Tema escolhido foi: “Por um projeto classista e democrático de educação”. Teremos três dias intensos de debates acerca da relação entre o capitalismo e educação, onde apontaremos a luta pela educação pública e experiências da Educação Popular no Brasil. O desafio maior ainda é envolver a sociedade civil que tenha como horizonte um projeto classista de educação. Um dos argumentos utilizados para o imobilismo é que a conjuntura não está favorável para a classe trabalhadora. A pergunta que persiste, no entanto, continua sendo: e quando foi? Quantas vidas de trabalhadores e trabalhadoras são ceifadas cotidianamente neste projeto da sociedade burguesa? A classe trabalhadora terá realmente qualquer condição de ter uma vida digna onde o Estado representa os interesses da elite econômica?
A Regional Nordeste 3 do ANDES-SN realizará no dia 8 de junho um encontro que reunirá representantes das seções sindicais da Bahia, Sergipe e Alagoas. O encontro terá como tema central o impacto das contrarreformas na Educação Superior Pública: o papel do sindicato nacional na defesa das Universidades, Colégios de Aplicação e Cefet.
Durante a mesa de abertura, será lançada a cartilha do Grupo de Trabalhos de Política Educacional (GTPE) “Um pouco de história, pois o futuro não se constrói só com o presente”, que foi distribuída, pelo Sindicato Nacional, durante a Conape. Na sequência, serão debatidas as temáticas “O Impacto do Marco Legal da Ciência e Tecnologia e Inovação nas Universidades”, “Por maior participação das Mulheres no Sindicato Nacional: Paridade na Direção Nacional” e “Contrarreformas da Educação: Residência pedagógica e militarização da educação”. O encontro, que acontecerá no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Adusb Seção Sindical do ANDES-SN), será encerrado com uma atividade cultural.
Sérgio Barroso, 1º tesoureiro da Regional NE 3 e presidente da Adusb SSind., explica que o encontro vai debater questões muito importantes para o ANDES-SN como os ataques que a educação pública vem sofrendo diante da conjuntura e do acirramento das políticas neoliberais, tanto por parte do governo federal quanto dos governos estaduais, o impacto da implementação do Marco Legal de Ciência e Tecnologia nas universidades públicas e ainda a perspectiva de paridade de gênero na composição da diretoria nacional do ANDES-SN.
“A questão da paridade na diretoria nacional do ANDES-SN é um assunto muito importante e, diante da nossa sociedade machista e opressora, se torna fundamental aprofundarmos esse debate”, comentou. Segundo o presidente da Adusb SSind, esse debate já foi levantado no 37º Congresso do ANDES-SN realizado em Salvador (BA) no início do ano, deverá ser ampliado no 63º Conad, que acontece entre 28 de junho e 1 de julho, em Fortaleza (CE). “A ideia é que até o próximo Congresso do ANDES-SN, que ocorrerá no início de 2019, tenhamos um acúmulo que nos permita avançar nessa pauta”, acrescentou.
A diretoria da ADUSC comunica que a Assembleia convocada para esta terça-feira (29) está suspensa. A decisão considerou a dificuldade de deslocamento dos professores até a UESC mediante a falta de abastecimento de combustível para os transportes públicos e privados.
Em tempo, ressaltamos o nosso apoio à greve de caminhoneiros (as) e destacamos que a continuidade do movimento paredista e seus efeitos é resultado da desastrosa política econômica do Governo Temer.
Confira AQUI a nota do ANDES-SN em apoio à greve de caminhoneiros (as).
A diretoria do ANDES-SN vem a público manifestar sua solidariedade à greve nacional dos caminhoneiros que se alastra pelo país. Não é sem contradições que essa mobilização ocorre, mas diferentemente de outros momentos em que os interesses patronais paralisaram o setor, boa parte das reivindicações dos caminhoneiros nesta luta é justa e em sintonia com os interesses da classe trabalhadora.
A política econômica do Governo Temer é desastrosa para a população. O desmonte de empresas estatais estratégicas, como das companhias Eletrobrás e Petrobrás, representa a entrega do patrimônio estatal brasileiro para a lucratividade dos empresários.
Os aumentos nos preços dos combustíveis são operados pelos interesses internacionais de acionistas da Petrobrás e grandes petrolíferas em acordo com o governo federal, ocasionando uma série de prejuízos para a classe trabalhadora.
Essa mobilização dos caminhoneiros se soma a várias lutas que estão ocorrendo pelo país, especialmente da educação pública. É preciso defender a Petrobrás 100% pública e estatal e os direitos da classe trabalhadora.
Para fortalecer a mobilização contra as políticas do governo, é urgente unificar as lutas em curso no país e exigir das centrais sindicais a convocação de uma nova Greve Geral em defesa dos direitos sociais, contra a EC 95 e a Reforma Trabalhista e pelo Fora Temer!