Movimento Mulheres em Luta (MML) promove I Seminário Estadual na Bahia

O Movimento Mulheres em Luta (MML) na Bahia realizará, no próximo sábado (06/12), o seu I Seminário Estadual. O evento acontecerá na Escola Agrícola Comunitária Margarida Alves, em Ilhéus e promoverá discussões sobre “As lutas de gênero e de classe no capitalismo e as perspectivas do feminismo classista” e “A Lei Maria da penha: avanços, entraves e a luta em defesa de 1% do PIB para aplicação e ampliação da lei”. A organização estadual do MML também será pautada durante plenária final.

O I Seminário Estadual ocorrerá num momento estratégico para o MML, que aprovou no dia 22 de Novembro seu Estatuto Nacional e a Campanha em defesa de 1% do PIB para aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha. As ações fizeram parte da programação do II Seminário Nacional, que reuniu em São Paulo dezenas de representantes do MML dos diversos estados.

 Assim, a coordenação do MML na Bahia convida os movimentos sociais, sindicais e populares, e demais interessados no combate a violência de gênero, a fazer parte deste evento. As inscrições são limitadas e podem ser realizadas até a próxima quarta-feira (03/12), através do e-mail seminariomml.ba@gmail.com. Interessado(a)s devem encaminhar a ficha de inscrição (anexo aqui) e o comprovante de depósito da taxa referente as despesas com alimentação, hospedagem e apostila.

A docente e associada Sayska Miranda, participará do evento representando a ADUSC. Sayska atua como coordenadora do núcleo de extensão Ser Mulher  (http://www.ser-mulher.org/) e vem desempenhando estudos e atividades no combate a violência contra a mulher.

“O MML vem organizando mulheres trabalhadoras em toda a sua diversidade. Desde a juventude, movimentos populares e culturais, negras, brancas, lésbicas, transexuais, empregadas, aposentadas e desempregadas. Acreditamos na luta classista e na aliança de mulheres e homens para a destruição do capitalismo como elementos fundamentais para livrar o mundo da exploração e da opressão”, explica a coordenação.

Saiba mais sobre o MML no site: www.mulheresemluta.blogspot.com

CUT e outras centrais defendem redução dos salários como alternativa à crise

A Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Nova Central (NCST) apresentaram uma proposta ao Ministério da Fazenda na última terça-feira (25) para “garantir emprego em tempos de crise”. A proposta inclui a possibilidade da redução da jornada de trabalho e do salário dos trabalhadores caso o país enfrente uma crise.

Amauri Medeiros, 1º tesoureiro e encarregado de relações sindicais do ANDES-SN, critica a proposta. “É uma tentativa, por parte dessas centrais, de proteger o capital em momentos de crise, ironicamente à custa dos próprios trabalhadores”, afirma. O tesoureiro do ANDES-SN lembrou também a semelhança entre a proposta de algumas centrais sindicais e as chamadas medidas de austeridade da Europa, que retiram direitos sociais e trabalhistas com a justificativa de combater a crise.

“As propostas europeias de austeridade também tiveram a participação de algumas centrais sindicais. Mas a nossa resposta à crise deve ser outra. Devemos organizar uma luta unificada dos trabalhadores para, com muita resistência, conseguirmos defender nossos direitos”, diz Amauri Medeiros.

O primeiro-secretário-geral da Força Sindical, Sérgio Luiz Leite afirmou que, com a proposta dessas centrais, em tempos de crise o trabalhador tenha a jornada diminuída, bem como o salário. “Mas com a manutenção do seu emprego”, frisou à Agência Brasil. Segundo ele, a proposta é a manutenção do emprego “com período determinado e com redução de salário de até 30%, com data de aplicação da medida determinada e, talvez, com a utilização do seguro-desemprego”, disse o representante da Força.

Para ele, no lugar da demissão com o pagamento do seguro-desemprego, os mesmos valores seriam utilizados para complementar parte do salário do trabalhador que permanecesse na ativa durante o período de crise. O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) também poderia ser utilizado, ou seja, os trabalhadores pagariam duplamente pela crise.

A condição para que a medida fosse adotada seria os trabalhadores fazerem uma acordo com os patrões. De acordo com Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a proposta é baseada em práticas adotadas na Europa. A medida não significa a alteração na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). “Não modifica nenhuma das leis existentes. Se for implementado, é mais [um] instrumento com as seguintes características: tem que ser opcional em concordância entre trabalhador e empregado, tem que ter um atestado de crise por parte do governo e ser aprovado em assembleia de trabalhadores”.

“Já aconteceu algo parecido anteriormente, com o Acordo Coletivo Especial (ACE), no qual o acordo negociado com os patrões valeria mais do que o acordo legislado”, diz Amauri Medeiros. O ACE foi derrotado a partir de uma forte campanha nacional, convocada pela CSP-Conlutas em unidade com outras centrais e inúmeras entidades sindicais e do movimento popular.

O tesoureiro do ANDES-SN também rebate a proposta de uso do seguro-desemprego para cobrir as eventuais perdas salariais geradas pela proposta. “É uma proposta que cria falsas ilusões para os trabalhadores, que acham que conseguirão cobrir os prejuízos. Enquanto isso, o governo seguirá com a política de isenção de impostos para os patrões”, ressalta Amauri.

Fonte: ANDES-SN

Caderno de texto do 34º Congresso do ANDES-SN já está disponível

34º Congresso do ANDES-SN

Tema: Manutenção e Ampliação dos direitos dos trabalhadores: avançar na organização dos docentes e enfrentar a mercantilização da educação

Data: 23 a 28 de fevereiro de 2015

Local: ParlaMundi do LBV (SGAS 915 Sul) – Brasília – DF

O Caderno de Textos estará disponível aos participantes do 34º CONGRESSO no local do evento e aos demais sindicalizados, na página do Sindicato (www.andes.org.br).

Fonte: ANDES-SN

GT Saúde da ADUSC

Reativado em 20 de outubro de 2014, o GT Saúde – Grupo de Saúde do Trabalhador Docente foi criado para informar, mobilizar e organizar a categoria, acerca do tema.  O GT é composto por docentes associados da ADUSC, o qual atualmente tem a professora Nairan Morais, como coordenadora, Kátia Guerreiro como vice e os companheiros, Carlos Vitório e Noélia Oliveira como membros do Grupo.

O GT é aberto para qualquer docente sindicalizado que queira participar das discussões e atividades, e de acordo com o regimento, não há restrição do número de participantes.  O docente que desejar fazer parte do Grupo, e ainda não estiver associado à ADUSC, é só dirigir-se à entidade e realizar o cadastro.

As reuniões acontecerão uma vez ao mês, podendo o grupo reuni-se quando julgarem necessário. Ainda de acordo com o regimento, os encontros não tem caráter deliberativo, mas funcionará como instancia consultiva e indicativa para a diretoria da ADUSC e discussões em assembleias gerais da entidade. Assembleias essas, convocadas por um docente sindicalizado e um membro da diretoria a partir de um cronograma definido em sua primeira reunião.

Na última reunião do GT, realizada na segunda-feira(24), os membros discutiram sobre as possibilidades de ações que podem ser implementadas no ano de 2015, como rodas de conversas, panfletagem e palestras, relacionadas a qualidade de vida e alguns dos problemas que afetam a saúde do trabalhador docente. “Esperamos que em 2015 possamos amadurecer e implantar diversas ações relacionadas à saúde que assessorem os docentes na no seu ambiente de trabalho”, explica a coordenadora do GT, Nairan Morais.

Audiência Pública – Dia 09 de dezembro

A ADUSC convida docentes, alunos e funcionários a participar da audiência pública a ser realizada no dia 09.12, ás 11h, na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador.

Os interessados deverão dirigir-se à sede da ADUSC e confirmar presença. A entidade custeará a passagem e alimentação.

As representações docentes da UESC, UNEB, UEFS e UESB, congregadas no Fórum das ADs, reivindicam ao Governo do Estado da Bahia:

PAUTA DE REINVINDICAÇÕES 2015

  1. Revogação da lei 7176/97;
  2. Destinação de, no mínimo, de 7% da Receita Liquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada dois anos e de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado no ano anterior e que seja assegurada a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial das Universidades Estaduais da Bahia;
  3. Ampliação do quadro de vagas para professores e a sua desvinculação por Classe;
  4. Respeito aos direitos trabalhistas dos docentes, a exemplo de promoções, progressões, mudanças de regime de trabalho e insalubridade.
  5. Alterações no Estatuto do Magistério Superior que valorizem o trabalho docente (aumento nos interstícios entre as Classes, Incentivos de Pós-graduação e Regime de Dedicação Exclusiva).
  6. Reposição salarial integral em única parcela da inflação utilizando índice igual ou superior ao IPCA.

ADUSC ativa Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA)

A ADUSC convida todos os docentes associados a participar da reunião do Grupo de Trabalho Política Agrária, Urbana e Ambiental (GTPAUA) da ADUSC,que será realizada no dia 28.11.14, na sede da entidade, às 10:30h, com a seguinte pauta:

1) Informes;

2) Instalação do GTPAUA;

3) Ações e estratégias do GT na UESC;

4) O que acorrer.

Diretoria do ANDES-SN divulga nota sobre o arquivamento do pedido de registro da Apub

A diretoria do ANDES-SN publicou uma nota nesta segunda-feira (24) sobre a decisão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em arquivar o pedido de registro do pretendido Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub Sindicato).

Em nota, a diretoria do Sindicato Nacional explica que a Coordenação-Geral de Registro Sindical da SRT/MTE identificou nos atos constitutivos da Apub uma grave irregularidade no edital de convocação de assembleia, em 2010, para a ratificação da fundação da Apub Sindicato. No chamamento, feito no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação, a diretoria convocou apenas os professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia filiados à Apub. “Ao convocar apenas seus filiados, a diretoria da Apub cometeu erro elementar, pois como querer representar todos os professores das IFES da Bahia, convocando-se apenas seus filiados?”, apontou a nota da diretoria do ANDES-SN, que ainda ressaltou a violação dos termos da Portaria 186/2008 e a inaceitável afronta ao princípio constitucional da publicidade dos atos.

“Não valeu a desfiliação ao ANDES-SN e não valeu a transformação da Apub em Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia, do que resulta que ela continua sendo uma seção sindical do ANDES-SN, o que sua diretoria não quer admitir e recusa-se a cumprir decisão judicial, recusa-se a esclarecer os professores”, disse o texto.

Para o Sindicato Nacional o rompimento da Apub é um ato de divisão da categoria e é inexplicável que diretorias da Apub tenham insistido nisso. “A divisão enfraquece a categoria, subtraindo-lhe o poder de pressão para a conquista das reivindicações. Poderíamos admitir rompimentos em casos nos quais a democracia é cerceada por uma burocracia que controla a entidade sindical. Mas, em absoluto seria este o caso no ANDES-SN, que tem na participação da base, em assembleias, a centralidade de seus processos decisórios, como bem demonstram as importantes greves que os professores fizeram, como a mais recente, em 2012”, disse em nota.

Leia a nota na íntegra

Fonte: ANDES-SN

Convocação de Assembleia Extraordinária

CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA

No uso de suas atribuições, que lhe confere o Art. 22 do Regimento Geral, a diretoria da ADUSC/Seção Sindical do ANDES/SN, convoca a todos os associados para Assembleia Ordinária a realizar-se no dia 27.11.2014 (quinta-feira), às 08:30h em primeira convocação e às 9:00h em segunda, na sala de reunião do Departamento de Educação (SALA 2117),no 1º andar do Pavilhão Adonias Filho, com a seguinte pauta:

 

1) Informes;

2)  Pauta da Campanha de reivindicações 2015: orçamento, ampliação do quadro de vagas e desvinculação, estatuto do magistério superior e respeito aos direitos trabalhistas;

3) Eleição de delegados para o 34º Congresso do ANDES;
4) O que ocorrer.

 

 

 

Reflexões e pautas sobre a saúde do trabalhador docente

Atualmente as universidades brasileiras passam por um intenso processo de mercantilização, que leva nesta pauta, de imediato, à intensificação e precarização do trabalho docente. Dessa forma, a Universidade está sendo transformada em instituição tutelada pelo capital na concepção do Estado mínimo, para que os recursos privados se apoderem do fundo público sob a nefasta ideologia do mercado.

Com as transformações do mundo do trabalho determinadas pelas mudanças contemporâneas do modo de produção capitalista, impõem-se mudanças objetivas e subjetivas nas relações do trabalho docente. No cenário de mudanças estruturais no modo de produção capitalista, segmentos de trabalhadores que não produzem diretamente a mais-valia são considerados trabalho improdutivo. Nessa categoria, estão os professores universitários, frutos da dinâmica da precarização, relacionado com a intensificação do trabalho docente, simultaneamente ao achatamento e perdas salariais, de captura da subjetividade do trabalhador e da retirada de direitos.

A estrutura da reprodução ampliada do capital e a situação de classe aparentemente diversa como os trabalhadores que realizam o trabalho produtivo e os que realizam o trabalho improdutivo os colocam em uma mesma condição: ambos precisam vender sua força de trabalho para viver, ambos estão submetidos à mesma lógica de exploração do trabalho, tanto em termos objetivos, quanto em termos subjetivos.

Criada as condições objetivas para o aprofundamento da nova hegemonia do capital na universidade pública, percebe-se uma grande aderência dos docentes a tal projeto. Neste cenário, campeia o individualismo e produtivismo despolitizador. Este produtivismo, não problematiza as relações e condições de trabalho, no âmbito da instituição universitária, e descontextualiza a produção científica do cenário político em que ela se dá.  Dessa forma, ocorre uma feudalização e compartimentalização, dissociando de interesses de classe ou coletivos.

Vale destacar que, os docentes de ensino superior constituem um segmento que exerce especialmente o trabalho intelectual, independente de sua condição de classe. Tal segmento, por sua vez, muitas vezes não percebe que sua atividade vem sendo sobrecarregada paulatinamente por um projeto expropriador da mais valia.  Essas “soluções” reformistas tendem chocar-se com um dos elementos da crise da educação, a separação entre o trabalho manual/intelectual, entre a teoria e prática. Dessa forma, isso se deve também a tradição imposta pela classe dominante que geralmente atribui um sentido de inferioridade ao trabalho manual, confrontando-se do ponto de vista do status com os segmentos que executam este tipo de trabalho. Isso muitas vezes tende a manter uma barreira político-ideológica e cultural na base do movimento docente, que dificulta alianças, articulações e ações integradas com os segmentos do movimento sindical associados ao trabalho manual.

Diante da realidade apontada, as relações do mercado com a Universidade pública se estreitam cada vez mais, verifica-se inúmeros casos da mercantilização de direitos sociais, a exemplo do PNE governista que destinará verbas publicas para as instituições de ensino superior privadas e da aprovação da EBSERH nos Hospitais Universitários. Dessa maneira, cresce a influencia da mercantilização no controle dos rumos da aprovação de projetos de pesquisas e consequentemente na produção científica. Os setores que não atendam diretamente as suas demandas imediatas tendem a ser marginalizados e pormenorizados, quando não extintos. São criados, assim, verdadeiros feudos dentro das Universidades.

A materialização da mercantilização é identificada em um ambiente laboral/profissional marcado por competitividade e pressões pelo desempenho docente, quase que unicamente quantitativo e o cumprimento de metas (gerenciais), geralmente valorizando a atividade de pesquisa frente à de ensino, valendo uma nova máxima “cão que não Lattes, não morde”. Isto, aliado à compressão salarial, à ampliação das exigências de produção e produtividade no campo da pós-graduação e pesquisa, ao produtivismo acadêmico, assédio moral e sexual, atividades de risco e violência no trabalho, perda ou burocratização para obtenção de direitos como insalubridade e Dedicação Exclusiva (DE), entre outros, tem intensificado a precarização do trabalho docente e consequentemente contribuído para desvalorização e adoecimento da categoria.

Na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), uma das quatro UEBAs, temos a informação oficial de 12 (doze) docentes afastados por licença médica em 2012 e 17 (dezessete) em 2013 (Dados potencialmente subnotificados). Esses dados demonstram um aumento no número de licenças na ordem de 41,7%, um aumento significativo de um ano para outro, evidenciando uma tendência ao adoecimento da categoria dentro desse sistema produtivista e meritocrático perverso.

A perversidade do projeto neoliberal para as universidades brasileiras tem conseguido impor aos professores a quimera de que se trabalharem seguindo os critérios, parâmetros e jornadas de trabalho que o capitalismo estabelece, poderão aumentar seus ganhos e projetar-se profissionalmente de maneira mais efetiva e atingir o “devido reconhecimento”. Ao absorver esta lógica, os docentes abrem mão de sua família, da sua humanidade, da qualidade de vida, da criação coletiva do conhecimento, e da responsabilidade pela sua disseminação para o conjunto da sociedade. O comprometimento da saúde física e mental são as principais consequências, além do embrutecimento das relações pessoais.

Dessa forma, as repercussões para a saúde física e mental do docente sobre essa realidade do trabalho destacam-se: aumento de consumo de álcool, drogas e tabaco – provocado doenças crônicas, principalmente cardiovasculares e respiratórias; depressão – abuso de ansiolíticos, hipnóticos e neurolépticos – suicídios; Síndrome de Burnout – exaustão mental, emocional, fadiga e depressão. Assedio moral – um processo de violência psicológica extremado contra o trabalhador.

Dentre as patologias que acometem a saúde dos docentes, a mais prevalente é a síndrome de Burnout que é caracterizada pela evolução lenta, com piora progressiva e severa; e por passar despercebida, no início, devido á negação de que algo de errado está acontecendo nas relações de trabalho. Contribui, também, para o surgimento dessa síndrome a desvalorização da profissão docente, a falta de autonomia e de participação nas definições das políticas de ensino; a inadequação salarial; a falta de oportunidades de promoções; o isolamento social e a baixa solidariedade; o baixo envolvimento associativo sindical; desinteresse em resolver as precárias e inadequadas condições físicas e matérias de trabalho.

Torna-se imperativo que as patologias advindas das transformações do trabalho docente sejam mais bem elucidadas e discutidas entre os docentes, como o desenvolvimento de um trabalho humanizado como prevenção de fatores estressores causadores de doenças, sob a pena de perderem profissionais valiosos. Dessa forma, o reconhecimento do docente como um trabalhador e, portanto, como um indivíduo submetido á grande máquina da exploração mundial capitalista, permitirá a reação a esta lógica político-econômica dominante.

No campo político, é preciso esclarecer a sociedade quanto ao caráter nefasto do processo em curso e organizar a luta necessária para reverter o quadro que se apresenta. Assim, a luta em defesa da saúde dos trabalhadores e por crescente melhoria nas condições de trabalho dos docentes deve sempre está pautada no cotidiano do movimento sindical e percebida como uma conquista que beneficia a toda uma sociedade.

Pauta de Reivindicações:

1 – Criar ou reativar o GT Saúde do Trabalhador em cada base sindical (espaço coletivo de discussão e denúncia);

2 – Denunciar a intensificação do trabalho docente, nos novos parâmetros de exploração do trabalho (sobrecarga da jornada de trabalho, mérito acadêmico por produção científica, outros);

3 – Desconstruir a cultura da “monetização do risco” no ambiente de trabalho e ter como meta a não exposição ao risco.

                                                                                                                     ADUSC

O setor sucroalcooleiro e a vida dos trabalhadores prejudicados pelo agronegócio

Não é de hoje que o agronegócio vem afetando a vida de trabalhadores, sobretudo migrantes, no interior de importantes estados do país.

No Brasil, há cerca de 430 usinas do ramo. Só o setor sucroalcooleiro em São Paulo abrange 5.172611 hectares. Estas terras equivalem a quase 21% de todo o território paulista. Apenas em São Paulo, ainda, a produção de cana alcança o número de 367.450 mil toneladas, a de açúcar 23.963 mil toneladas, e, por último na lista, 13.944 mil toneladas de etanol.

E apesar dos lucros exorbitantes dos empresários do setor, com a desaceleração que o agronegócio sofreu em 2008, até 2011 a maioria dos usineiros se afundaram em dívidas, deixando muitas usinas do ramo nas mãos de multinacionais, e quem mais sofreu as consequências foram os trabalhadores.

Em 2013, a CSP-Conlutas participou de audiência na Comissão de Direitos Humanos do Senado, na qual diversas denúncias foram colocadas em pauta, evidenciando que os usineiros não depositam, por anos, o FGTS dos trabalhadores, deixam de recolher ao fisco a contribuição dos funcionários para financiamento da previdência social, não pagam seus impostos, contribuições sociais e previdenciárias, e ainda tomam empréstimos, a juros subsidiados, e não os pagam. Para agravar a situação, o governo injeta verba pública generosamente no setor e ainda oferece, rotineiramente, oportunidades de abatimento da dívida e outros benefícios.

Aparecido Bispo, da Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo), cita que, o problema é bem mais amplo, “além dos problemas previdenciários, e que os usineiros costumam fechar e abrir novos CNPJ’s , para facilitar o pedido de novos financiamentos” e assim firmar as relações de lucro entre grandes empresários e governo.

Uma série de reportagens da TV Fronteira, do canal da Globo na região de Presidente Prudente, tratou de falar sobre a produção de cana de açúcar no oeste paulista, desde o início do desenvolvimento, a produção, o desemprego, citando a situação dos demitidos da Floralco, e os reflexos disso na vida das pessoas que vivem nestas cidades do interior do estado. Faltou citar, nas reportagens, o papel do governo, a questão da reforma agrária e o fortalecimento do agronegócio em detrimento do desenvolvimento dos trabalhadores rurais. E este é um ponto a ser discutido e cobrado dentro e pelo movimento organizado.

Fonte: ANDES-SN

Confira nos links abaixo as três reportagens citadas sobre o tema:  

Reportagem 1 – 11/11/2014 

Reportagem 2 – 12/11/2014

Reportagem 3 – 13/11/2014