No dia 17 de junho, último, uma estudante da UESC sofreu uma tentativa de estupro dentro da instituição. O episódio ocorreu nas dependências do banheiro do pavilhão Jorge Amado. A estudante, que eventualmente sofre de convulsões, seguia para o banheiro, quando foi acometida por uma crise. Ela foi abordada por um homem que aproveitou de sua condição vulnerável para “abusá-la”. A vítima foi socorrida antes que algo mais acontecesse. O criminoso fugiu sem ser reconhecido.
A partir dessa tentativa de estupro, movimentos organizados da universidade têm promovido denúncias sobre a ocorrência de assédio moral e sexual na UESC. No dia 20 de junho, os movimentos deliberaram lançar um manifesto de repúdio à situação, contendo exigências de combate ao problema, à administração da universidade. Um ato público também está marcado para a próxima terça-feira, 05 de Julho, com concentração a partir das 9 horas, no CEU.
Para a diretoria da ADUSC, a situação de insegurança que atinge estudantes, professoras, funcionárias técnicas e terceirizadas não é um privilégio da UESC. Tais práticas são resultantes do machismo presente na sociedade, sendo uma das causas responsáveis pelos altos índices de violência contra as mulheres. Nos três primeiros meses deste ano, a Bahia registrou 9.795 casos de violência física contra mulher, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A universidade precisa cumprir seu papel social, discutir e formular propostas que combatam a desigualdade de gênero, estupros, assédios morais e sexuais dentro e fora da instituição. Mais que isso, é necessário que a UESC garanta a segurança das mulheres, assim como de toda a comunidade acadêmica, além do auxílio e rapidez nas investigações e punições dos responsáveis. Nesse sentido, a diretoria da ADUSC repudia a existência de tais práticas no Campus, apoia e incentiva a mobilização da comunidade acadêmica pelo fim da violência de gênero dentro e fora da universidade.